Ibama
Assessoria
Brasília (02/10/2023) - O Programa Quelônios da Amazônia (PQA), idealizado há mais de 40 anos, conseguiu localizar e monitorar nas margens do rio Araguaia, no Tocantins, 290 ninhos da tartaruga da Amazônia entre os dias 11 e 29 de setembro. Esta época do ano coincide com o período de nidificação (ação de alguma espécie de animal construir seu ninho), que deve se estender até o fim de outubro.O projeto é fundamental para garantir a reprodução da espécie. Além dos predadores naturais, como onças, raposas, lagartos teiús, peixes e aves, as tartarugas da Amazônia enfrentam outro tipo de ameaça: a ação humana para fins comerciais.
No estado, o monitoramento do PQA é realizado por meio de um acordo de cooperação técnica do Ibama com a Universidade Federal de Tocantins (UFT). Servidores, professores, estudantes e pesquisadores vistoriam diariamente o tabuleiro de desova localizado em Santana do Araguaia, na divisa do Pará com Tocantins.
O grupo localiza e marca os ninhos com estacas, aguarda o tempo de incubação - entre 55 e 60 dias -, retira os filhotes e os soltam no rio, onde há menos predadores."Em 2022, salvamos cerca de 93 mil filhotes", afirma o técnico administrativo do Ibama, Angelo Ferrari.
De acordo com o professor do curso de Engenharia Ambiental da UFT, Thiago Costa Portelinha, o monitoramento também utiliza os animais como bioindicadores.
"Capturamos machos e fêmeas, medimos, pesamos e coletamos sangue, por exemplo. Além de inibir a caça natural e predação humana, nossa pesquisa avalia a qualidade da água", afirma o professor.
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