Da Redação c/ Focaia
Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizam paralisação nesta terça-feira (18), nas duas unidades, de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. A mobilização visa chamar a atenção da comunidade para os cortes de recursos do governo federal para as universidades federais.
Os estudantes vão se concentrar em frente à unidade de Barra do Garças durante todo o dia, com paralisação das atividades acadêmicas.
Conforme o vice-presidente do DCE da UFMT/CUA, Marcelo Borges, "em um primeiro momento ocorreu o indicativo de paralisação, agora estão sendo realizadas assembleias de cursos para que estes decidam individualmente se participarão ou não da paralisação". Como afirma Borges, a paralisação está aprovada e ocorrerá mesmo que nem todos os cursos decidam participar.
Gilson Costa, coordenador do curso de jornalismo e membro da Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT), afirma que em assembleia da categoria ocorrida na última segunda-feira (10) foram discutidas questões sobre o impacto que o contingenciamento dos recursos causaria na universidade. Também sobre os impactos da reforma administrativa que está sendo discutida no legislativo.
Esse contingenciamento impacta principalmente nos contratos que a universidade tem com o serviço de limpeza, segurança, restaurante, energia e água, que precisam ser pagos mensalmente. Além disso, também impacta nas bolsas que a universidade fornece aos estudantes, afirma o docente.
"A paralisação é um ato dos estudantes que está sendo apoiada pela subseção Araguaia da ADUFMAT e como respeito ao DCE, que está organizando e por entender que é uma luta legítima e necessária”, avalia.
Segundo Costa, "o momento da universidade é delicado, há sérios riscos de os nossos serviços serem paralisados. Por isso, há entendimento entre ADUFMAT e DCE de que é através da pressão social, da pressão dos estudantes, professores e técnicos administrativos e de outros setores da sociedade é que nós podemos fazer com que o governo federal reveja esse posicionamento, que contingenciou 2,4 bilhões de reais da educação”.
Após a repercussão negativa sobre os cortes nos recursos para as universidades, o ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou no último dia 7, em um vídeo publicado em seu Instagram, que o Ministério da Educação (MEC), em conjunto com o Ministério da Economia, recuou da decisão de bloquear R$ 2,4 bilhões da pasta, o que afetaria o funcionamento das unidades de ensino.
"O limite de empenho será liberado para as universidades federais, para institutos federais e para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)", declarou o ministro.
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