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GERAL & ECONOMIA Sexta-feira, 03 de Junho de 2022, 14:18 - A | A

03 de Junho de 2022, 14h:18 - A | A

GERAL & ECONOMIA / Serasa

Mais de 1 milhão de pessoas estão endividadas em MT, diz pesquisa

Mais de 20% dessas pessoas estão endividadas por causa de cartões de crédito e empréstimos.

G1 MT



Em Mato Grosso, 1.251.547 de pessoas estão endividadas e 21% são por cartões de crédito e empréstimos, segundo o Serasa. Pegar empréstimos não é a melhor solução para resolver o problema.

Em Cuiabá, o número de inadimplentes ultrapassa 270 mil pessoas e o preço médio da dívida é de R$ 5,4 mil, segundo o levantamento.

Um autônoma que não quis se identificar fez um empréstimo com um agiota. O dinheiro que seria usado para quitar uma divida, gerou uma ainda maior.

"Eu estava precisando porque estava com impostos atrasados e não podia tirar documentos. Eu precisava dessas documentações para recebimento e tive que fazer esse empréstimo. Estou pagando o preço maior que é o da saúde mental porque ninguém sobrevive dessa forma, fora que ele jogou um juros que não existe", contou.

A autônoma tinha uma dívida de quase R$ 7 mil e agora gerou uma de R$ 30 mil. Como se não bastasse os juros abusivos, as ameaças são constantes. Hoje, ela reconhece que não foi uma boa alternativa para quitar as dívidas.

"Ele me mandou mensagem falando que estava mandando a dívida para uma facção criminosa. Ele fala que a facção vai vir atrás de mim. Há dois meses estou sofrendo uma tortura psicológica e hoje sempre aconselho a não fazer empréstimo com terceiros. Com o banco seu nome fica sujo mas você consegue negociar e não é ameaçado", disse.

Além de comprometer praticamente toda a renda familiar e em alguns casos faltar dinheiro até para o básico, segundo o economista Fernando Henrique Dias, o super endividamento pode trazer ainda mais problemas emocionais.

"Pegar um empréstimo de um dinheiro que você não tem e no futuro também não vai ter não é a solução para resolver os problemas. Infelizmente a maioria dos brasileiro recorrem a isso tanto nos bancos como através de agiotas. Isso faz com que vire uma bola de neve causando distúrbios de cunho psicológico e até levando a tragédias. Então tem que cuidar das finanças pessoais e principalmente no comportamental ao consumir", disse.

O economista explicou que é preciso exercitar o cérebro deixando uma mensagem em um lugar visível.

"Se a pessoa não tem planilha, pega uma caneta e vai definindo. Deixa no espelho da sua casa, em um lugar visível e todos os dias vocâ vai ver e mandar uma mensagem para o cérebro. Ele afirma aquilo que a gente visualiza", contou.

De acordo com o coordenador de fiscalização da Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon), o órgão é um dos locais que a pessoa pode buscar caso a situação financeira esteja critica.

"O primeiro serviço que o Procon oferece é quando a pessoa tem algum tipo de dúvida sobre o cálculo dos juros que são feitos. Em outras situações ele pode registrar alguma reclamação para que seja apurado algum tipo de irregularidade", disse.

O coordenador contou ainda que as vezes não é dada a informação correta ao consumidor, o que leva o endividamento.

"Um exemplo é o empréstimo consignado que não é informado a natureza do contrato e isso acaba gerando uma bola de neve. O consumidor se endivida por um serviço que ele não teve as informações adequadas" , contou.

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Secom MT

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