Vitor Santana
G1 GO
O delegado Rogério Bicalho informou que vai indiciar a jovem Nayara Lopes Palmeira dos Santos, de 19 anos, por homicídio qualificado contra uma garota de programa de quem era amiga, em Aparecida de Goiânia. Segundo a polícia, ela usou a arma do namorado, um policial militar, para cometer o crime. O crime teria sido motivado por dívidas de quando as duas moravam juntas.
O G1 não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização dessa reportagem. A Polícia Militar informou que está apurando o caso envolvendo o PM e que ele estava de licença médica na época do crime e segue afastado das funções.
Ainda de acordo com Bicalho, apensar do militar dizer em depoimento que sua namorada pegou sua arma enquanto lhe dava um abraço, ficou comprovado que o PM entregou de livre e espontânea vontade a pistola para Nayara.
“O caso está praticamente encerrado, devo finalizar o inquérito e enviar ao Judiciário até quinta-feira, mas a suspeita vai ser indiciada por homicídio qualificado. Sobre a conduta do policial militar, vou esperar concluir os procedimentos para me manifestar nos autos”, disse o delegado.
Ketlen Lorrane Carvalho, de 21 anos, foi baleada na rua de uma boate no Sítio Santa Luzia na madrugada do dia 8 de novembro. A autora do crime fugiu do local.
Embora Nayara tenha se apresentado e confessado o crime dois dias depois, ela vai responder em liberdade, pois não havia mais flagrante.
Segundo a Polícia Civil, o policial que entregou a arma à Nayara se apresentou à Corregedoria da PM e entregou a arma usada no crime. A pistola foi, em seguida, encaminhada ao Grupo de Investigação de Homicídio de Aparecida de Goiânia.
Discussão por dívida
O investigador acrescenta que as duas mulheres moraram juntas por três anos e há um mês a vítima se mudou da residência. Desde então, elas começaram a brigar e discutiam frequentemente, segundo informações levantadas pela polícia.
"As duas eram garotas de programa e tinham uma briga porque a vítima, aparentemente, não quis pagar uma dívida de despesas de quando moravam juntas", disse o delegado.
O valor da dívida não foi informado pela suspeita à polícia. Apesar da versão da jovem, o caso segue em investigação para apurar se há outra motivação.