Bianca Fujimori
Mídia News
Imagens que mostram dois detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) com diversos ferimentos nas costas passaram a circular nas redes sociais nesta terça-feira (17). No entanto, o caso foi registrado no dia 13 de agosto, um dia depois do início da Operação Agente Douglas, que fez uma varredura na unidade.
Por meio de nota, a direção da PCE afirmou que os presos foram agredidos por outros detentos.
Esse tipo de violência é conhecido como “salve”, que é aplicado por facções criminosas como forma de punição a inimigos.
A direção da penitenciária ainda disse que as vítimas receberam atendimento médico na enfermaria e foram encaminhadas para outra unidade prisional.
Nas fotos divulgadas, os detentos aparecem com as costas em carne viva.
Um vídeo mostra o momento em que eles são agredidos com cabos de energia. Eles estão em um corredor cercados de outros presos.
Em outra gravação, as vítimas apontam os nomes de quem os agrediu.
Operação
Deflagrada no dia 12 de agosto, a operação tinha como objetivo combater o crime organizado. Conforme o secretário de Segurança, Alexandre Bustamante, a segunda fase segue por mais 30 dias.
A primeira parte da ação retirou excesso de materiais de dentro das celas. Em seguida, iniciou-se uma reforma na PCE e, por fim, teve início a apreensão de ilícitos como drogas e celulares, que estavam escondidos.
Em 30 dias, os agentes penitenciários apreenderam 171 celulares, 506 chips, 12 baterias avulsas, armas artesanais, além de 352 cadernos com anotações feitas por presos, que serão analisados pelos órgãos competentes, durante a primeira fase da operação na Penitenciária Central do Estado. Alguns dos cadernos continham informações sobre aplicação de golpes por sites de compra e venda.
Também foram apreendidos sete quilos de drogas, encaminhadas para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) ao longo da operação, iniciada em 13 de agosto.
Com a limpeza e retiradas de excessos nas celas, como freezers, micro-ondas, forno elétrico, aparelhos musicais, televisores, dentre outros produtos, foi possível fazer obras e ampliar mais 137 leitos.