Folha Max
A Assembleia Legislativa não apreciou nesta quarta-feira (26) o veto do Governo ao artigo que prevê que as aulas na rede estadual só retornarão de forma presencial no Estado após a vacinação dos professores e demais profissionais da Educação. O artigo vetado pelo governador Mauro Mendes (DEM) faz parte da Lei que classifica a educação como atividade essencial.
Segundo o presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), uma comissão de deputados será formada para debater o assunto com o Governo. "Vamos fazer esse debate e, aí sim, apreciar esse veto", disse Russi.
A maioria dos deputados se posicionou a favor da derrubada do veto. Ou seja, só aceitarão o retorno das aulas, na modalidade híbrida, com a imunização dos profissionais da Educação. "É a forma de garantirmos a segurança dos nossos profissionais da Educação", declarou om deputado Thiago Silva (MDB), autor do artigo que prevê o retorno das aulas somente após a vacinação dos profissionais.
O deputado Allan Kardec (PDT) cobrou urgência na definição sobre o caso, já que a previsão é de retorno das atividades escolares a partir de 31 de maio - com a semana de acolhimento - e retorno total no dia 7 de junho. "As escolas particulares retornaram, mas a maioria, quase totalidade, usa o transporte particular para ir as escolas. Agora, na rede pública, vão todos de ônibus. São 400 mil pessoas no transporte coletivo, o transporte escolar lotado na zona rural", frisou.
Ele frisou que a inclusão do artigo foi fundamental para a aprovação lei que torna a Educação essencial. "Tenho certeza que se não tivesse esse artigo, não haveria quórum para aprovação", colocou Allan, que destacou o crescimento de casos de Covid e a proximidade do início da vacinação dos profissionais da Educação. "Já esperamos até agora, podemos esperar mais 30 dias, aguardando a imunização dos nossos profissionais da educação".
Já Janaína Riva, disse acreditar que haverá um entendimento com o Executivo para adiar o retorno das aulas até a vacinação dos professores. "Quando o Governo vetou esse artigo, o cenário era favorável para voltar as aulas. Agora, não é mais. Tenho certeza que o Governo está vendo isso e não voltará as aulas. Não precisamos polemizar tudo", colocou.
Retornando às sessões ordinárias após três meses de tratamento da Covid-19, o deputado Valdir Barranco (PT) criticou o andamento da vacinação em Mato Grosso e no Brasil. "É preciso ter uma estratégia de retorno. Não é vacinar e já voltar, porque tem um prazo para que a pessoa seja imunizada".