Gazeta Digital
Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), deputado Wilson Santos (PSDB) declarou que 'forças ocultas' têm atrapalhado a investigação contra os "tubarões do agronegócio" que sonegaram cerca de R$ 140 milhões impostos em Mato Grosso. Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), o parlamentar admitiu dificuldade para conseguir dados da própria Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz).
"Tem muitas forças ocultas nisso aí. A Sefaz negou-se prestar as informações e tivemos que ir ao Supremo Tribunal Federal, que determinou que toda a Secretaria de Fazenda repassasse toda movimentação de 2013 a 2016", disse nesta terça-feira (21).
Entre os principais fatos investigados na sonegação de impostos está o caso do Wagner Florêncio Pimentel, que foi assassinado no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. Ele foi apontado como o responsável por fraudar cerca de R$ 2 bilhões em notas frias para grande empresários do agronegócio que cultivam commodities (soja, milho, algodão, carne etc).
De acordo com Wilson, parte da documentação que citam as movimentações na emissão de notas fiscais foram enviadas pela Sefaz por força de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, as informações serão importantes para denunciar as irregularidades cometidas pelos "tubarões do agro" e dar fim à CPI, que se arrasta há mais de um ano na Assembleia Legislativa.
"Em breve nós apresentemos o quantitativo expressivo de sonegação. Até porque parte dessa sonegação só aconteceu em notas fiscais, na prática essa mercadoria não saiu daqui. Vamos jogar com transparência com a sociedade, doa a quem doer", finalizou.
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