Katiana Pereira
Hipernotícias
Reprodução
A Polícia Federal abriu inquérito e está investigando igrejas evangélicas de Mato Grosso pela suspeita de organizar caravanas e enviar fiéis para participarem de atos antidemocráticos e de vandalismo do dia 8 de janeiro, em Brasília. A informação foi divulgada em uma reportagem do portal de notícias UOL. Veja aqui.
Segundo a reportagem, logo após os atos de 8 de janeiro, a PF abriu inquéritos para identificar os financiadores das caravanas com destino a Brasília. A informação sobre o financiamento por igrejas evangélicas foi citada aos investigadores por pelo menos cinco pessoas presas pela PF no acampamento montado no quartel-general do Exército.
Entre os depoimentos, está o de Sirlei Siqueira, moradora de Sinop (480 km de Cuiabá). Ela afirmou à PF que viajou em uma "excursão da Igreja Presbiteriana Renovada". Jamil Vanderlino, também morador de Sinop, disse ter viajado em um "ônibus financiado por igreja evangélica". No entanto, os dois não deram detalhes sobre quem financiou a viagem. Jamil disse que “fará uso de seu direito de permanecer calado".
A reportagem do UOL procurou a Igreja Presbiteriana Renovada de Sinop, que disse que os pastores não participaram do ato do dia 8 de janeiro e afirmou desconhecer quem teria organizado a caravana.
Além das igrejas, outros presos relataram também a participação de empresários no financiamento e até mesmo o recebimento de doações para que viajassem a Brasília para participar do ato antidemocrático. Os depoentes, entretanto, evitaram fornecer detalhes sobre esses financiadores. Mesmo sem muitos detalhes nos depoimentos, as investigações avançam, já que a PF está analisando celulares apreendidos com os presos, o que vai permitir aprofundar as informações citadas.
A investigação também analisa quebras de sigilo bancário e relatórios de movimentação financeira dos contratantes dos ônibus, para saber se há financiadores ocultos que não aparecem formalmente nos documentos.
O ato antidemocrático resultou na depredação das sedes dos Três Poderes e na prisão de mais de 1.800 pessoas, que participaram do quebra-quebra ou que estavam acampadas no quartel-general do Exército.
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