Da Redação
Com Araguaia Notícia
O presidente do Sindicato Rural de Novo São Joaquim-MT e vereador, Carlos Royttmen (PSD), disse que o protesto, que haverá sexta-feira (28/1) na Câmara Municipal daquele município, será no sentido de ‘pressionar’ os laticínios que baixaram o valor que pagam aos produtores de leite que antes era de R$ 2,00 para 1,60 por litro. Segundo Carlos, esse valor seria inviável para continuar a produção de leite na região.
“Nós queremos uma explicação dos laticínios porque na verdade o custo da produção aumentou e se a maioria concordar vamos suspender o fornecimento de leite as empresas a partir do dia 1º de fevereiro. Outra medida que tomaremos será a distribuição de 10 mil litros de leite ao povo de Novo São Joaquim e da região como protesto a essa medida dos laticínios de baixar o valor que pagam para nós produtores”, frisou.
Carlos Royttmen explicou que é produtor de leite há 26 anos em Novo São Joaquim e lamentou atitude dos laticínios Cajes e Campileite que não deram explicações para redução do valor pago aos produtores. “Nós do Sindicato Rural de Novo São Joaquim, somos favoráveis a manifestação de forma pacifica, ordeira e garantindo o direito de ir e vir das pessoas. Isso porque se a situação não for esclarecida, nós vamos suspender o fornecimento de leite aos laticínios a partir do dia 1º de fevereiro, mas vamos assegurar também o direito daqueles produtores que optarem em continuar entregando o leite”, ressaltou.
A região de Campinápolis, Novo São Joaquim e Nova Xavantina forma uma das maiores bacias leiteiras do Vale do Araguaia que atende cerca de 25 municípios na região. Por dia, Novo São Joaquim produz 28 mil litros de leite; Campinápolis 35 mil e Nova Xavantina em torno de 6 mil.
Cerca de 80% desse leite é transformado em queijo, muçarela e requeijão cremoso e outros derivados que são vendidos na grande São Paulo, enquanto o restante percentual abastece a comunidade local.
Carlos Royttmen ressaltou que foram convidados para o evento o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral o presidente da ProLeite, Dolor, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi.