Marcelo Borges*
Semana7
Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso - Campus do Araguaia (UFMT/CUA) reprovaram em assembleia geral, realizada ontem (04), a deflagração da greve nacional da educação.
Em votação ocorrida nos campi de Cuiabá, Sinop e Araguaia, 96 professores foram contrários à paralisação e 81 favoráveis. Confira os resultados por campus:
- Cuiabá: 34 contra, 62 a favor
- Sinop: 37 contra, 09 a favor
- Araguaia: 25 contra, 10 a favor
Durante a assembleia, os professores contrários à greve destacaram que, apesar de votarem contra o movimento neste momento, não são contra a luta por reajuste salarial.
“No momento, o calendário acadêmico difere do calendário civil e esta disparidade já está prejudicando as aulas, os professores e os alunos. Somado a isto, estamos com pouca entrada de alunos nos cursos e a greve ‘prejudica’ a adesão de alunos. Além disso, a greve prejudica os possíveis formandos com o retardo de sua entrada no mercado de trabalho”, disse a professora do curso de ciências biológicas da UFMT Araguaia Danielle Ribeiro-Brasil.
Já a professora do curso de Química e diretora de Comunicação do Sindicato dos Docentes da UFMT - ADUFMAT, Ana Paula Sacco, pontuou motivos para a adesão à greve nacional.
“Nós devemos lutar pela profissão dos professores porque a evasão vai além da questão de calendário, é uma questão de assistência estudantil. Estamos brigando por mais orçamento, se não fizermos o enfrentamento, a gente vai ficar a ver navios”, afirmou a docente em seu discurso.
Outra assembleia geral docente será marcada em maio e discutirá novamente a entrada na greve.
Movimento grevista em Mato Grosso
No estado, outras categorias da educação pública federal já estão em greve, como professores e técnicos do Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT e os técnicos administrativos em Educação - TAEs da UFMT.
A ação grevista faz parte de um movimento nacional dos servidores públicos federais que pedem recomposição salarial, defasada há mais de 10 anos, orçamento para as instituições federais e reconstrução do plano de carreira.
Segundo a UFMT, em 2013, a instituição tinha cerca de R$ 150 milhões de orçamento anual para pagar contratos, bolsas e auxílios, fazer investimentos e obras de expansão. 10 anos se passaram e a universidade tem R$ 82 milhões para custear as despesas.
O atual reitor, professor Evandro Soares, explicou que para a instituição conseguir manter todos os programas, investimentos, expansão e bolsas rodando da mesma forma seria necessário uma correção acima da inflação. “Para que possamos manter o mesmo poder de investimento que tínhamos em 2013, o orçamento da UFMT deveria ser próximo de R$ 220 milhões".
*com supervisão de Andrezza Dias
JOAO 05/04/2024
Ficaram com vergonha de terem feito o L... kkkkkk Painho não deu nada pros coitados kkkkk Trabalhem por amor agora
1 comentários