Da Redação
Semana7
Os professores da rede municipal de ensino aceitaram, nesta quinta-feira (13), um reajuste salarial de 26,58% após negociações com a Prefeitura de Barra do Garças. O acordo foi homologado durante assembleia-geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Barra do Garças e ainda precisa ser aprovado pela Câmara de Vereadores antes de entrar em vigor.
As negociações, iniciadas em 4 de fevereiro, envolveram três rodadas de discussão entre representantes da categoria e a gestão municipal.
De acordo com o presidente da subsede do Sintep/Barra do Garças, Gibran Freitas, a proposta aprovada garante o pagamento do piso nacional para os professores, corrigindo uma defasagem salarial acumulada ao longo dos últimos quatro anos.
"O reajuste de 26,58% para professores e de 14,19% para técnicos e pessoal de apoio iguala os coeficientes salariais municipais aos praticados pelo Estado. Isso assegura que todos tenham ganhos, embora os reajustes por tempo de serviço e qualificação passem a ser menores. Mas, o município começa a pagar o piso", explicou Freitas.
Freitas também explicou sobre o processo de diálogo com a gestão municipal que possibilitou a conquista. Segundo ele, a prefeitura alegava dificuldades financeiras para aplicar o reajuste, temendo um impacto orçamentário a longo prazo. No entanto, o sindicato apresentou estudos demonstrando a viabilidade do pagamento.
"Chegamos em um patamar que nos coloca dentro da legalidade da lei do piso, da lei do magistério. Mas, agora, à medida que a gente for analisando as receitas do município, as receitas da educação, isso não nos impede de chamar outros meios de negociação para que avancemos além do piso", afirmou.
Para o presidente do Sintep/Barra do Garças, a mudança representa um ganho real e qualidade de vida. “Quando falamos de fôlego de pagamento, não é simplesmente de reajuste salarial. É sobre a vida das pessoas. E é uma categoria que é composta por uma maioria de mulheres. [...] representa melhores condições de vida, melhores condições de trabalho, porque não existe educação que seja de qualidade se você não tem profissionais valorizados. Não adiantava a prefeitura dizer que atinge determinados índices e patamares, se você não tem um profissional que é valorizado”, disse Freitas.