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GERAL & ECONOMIA Quarta-feira, 27 de Novembro de 2019, 15:49 - A | A

27 de Novembro de 2019, 15h:49 - A | A

GERAL & ECONOMIA / Morte

Polícia faz reconstituição do crime da cachoeira em Barra do Garças com casal acusado

João Pedro Donadel / Redação



Os acusados confessaram o crime e o motivo seria vingança pelo fato da vítima ter trocado mensagens com a esposa do acusado
A Polícia Civil realizou na quarta-feira (27) a reconstituição do crime que acabou com a vida do jovem João Paulo Souza Rosa, de 23 anos, que fora assassinado no dia 9/11 na trilha das cachoeiras no Parque Serra Azul em Barra do Garças. O corpo foi encontrado dois dias depois, em uma ribanceira.

Os acusados pelo crime, Fábio Luiz, de 43 anos, e Marcieli Frank, de 23 anos, foram presos na terça-feira (26) após o cumprimento de dois mandados de prisão expedidos pela Justiça de Barra do Garças. O casal negou, no primeiro momento, mas diante de todas as evidencias que foram levantadas pela Polícia Civil, acabou confessando o homicídio.

Segundo a Polícia, Fábio e Marcieli teriam tramado a morte de João Paulo após uma troca de mensagens entre a vítima e a mulher do acusado que se conheceram numa festa de aniversário, em outubro.
Na oportunidade, ela estava trabalhando de garçonete e conversou rapidamente com João Paulo. A polícia acredita que não houve tempo dos dois terem alguma coisa mais afetiva, mas Fábio ficou enciumado ao saber da troca de mensagens e decidiu matar o garoto. E para o feito, contou com a colaboração da esposa.

O rapaz foi atraído para cachoeira e lá foi morto asfixiado com um mata-leão e seu corpo jogado em uma ribanceira em meio a várias pedras.
A reconstituição foi realizada por peritos e policiais com objetivo de confrontar o depoimento do casal. A reprodução foi coordenada pelo delegado Heródoto Fontenelle, que responde interinamente pela 1ª DP. E foi o próprio Fontenelle que recebeu no dia 9/11 a notícia sobre o desaparecimento de João Paulo na cachoeira.

O corpo do rapaz foi encontrado no dia 11/11 em uma ribanceira na trilha das cachoeiras. E na ocasião ficou a dúvida se teria ocorrido um acidente, suicídio ou homicídio. No dia do crime, o rapaz foi levado pelos pais até perto da cachoeira. E na sequência, ele seguiu a pé até a trilha das cachoeiras onde encontrou a Marcieli.

No meio do caminho, apareceu Fábio que estava escondido e que simulou assalto usando uma faca e rendendo a esposa e João Paulo, que foram amarrados com uma fita crepe. Fábio chegou a pedir a carteira dizendo que era um roubo, mas revelou que era esposo de Marcieli e estava ali contrariado pela troca de mensagens entre João Paulo e a esposa dele.

A vítima que estava amarrada, ainda tentou levantar, todavia foi asfixiada com mata-leão e teve o corpo jogado na ribanceira. A reconstituição foi feita separadamente para evitar contradição ou alguma inverdade por parte dos acusados. O caso está solucionado, faltando apenas algumas diligências para que o inquérito seja remetido ao Ministério Público de Barra do Garças.

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