Thalyta Amaral
Gazeta Digital
As propriedades privadas respondem por aproximadamente 45% dos focos de calor na amazônia em Mato Grosso. Segundo análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), dos 9 estados da região amazônica, Mato Grosso lidera os focos de queimadas, com mais de registros de 1º de janeiro a 29 de agosto.
No estado, a média dos focos de calor nas propriedades privadas nesse período entre 2011 e 2018 foi de 4.100 focos. Em 2019, os satélites o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 7 mil focos.
Segundo a análise do Ipam, os focos de calor nas terras indígenas, unidades de conservação, áreas de proteção ambiental, florestas não destinadas e nas áreas sem informação da amazônia no estado, se somados, chegam a cerca de 3.100 registros.
A média nos 9 estados da amazônia é de 33% dos focos de calor em áreas privadas. Já as terras indígenas e as unidades de conservação são as categorias com menor incidência em 2019, com 6% e 7% dos focos, respectivamente.
Para os pesquisadores do Ipam, esses dados reforçam o estudo que a instituição lançou em agosto, que mostrou a relação entre a derrubada da floresta e as queimadas, isto é, que o principal gatilho para os incêndios na amazônia não é a seca e sim o desmatamento.