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JUSTIÇA Quinta-feira, 08 de Agosto de 2019, 14:05 - A | A

08 de Agosto de 2019, 14h:05 - A | A

JUSTIÇA / ESCUTAS ILEGAIS

Acusado de comandar grampos, Taques diz que quer falar

Ex-governador do Estado afirma que espera ser chamado para prestar depoimento sobre o caso

Thaiza Assunção
Mídia News



O ex-governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que está “louco para falar” sobre as acusações de que seria "o dono" das escutas ilegais operadas por policiais militares durante sua gestão.

As acusações foram feitas pelo ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa, o ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, e o cabo Gerson Correa, em depoimento prestado na 11ª Vara Militar de Cuiabá nos dias 16 e 17 de julho.

O ex-governador nega qualquer envolvimento no crime. 

Questionado pela imprensa se já foi intimado para prestar depoimento sobre caso, Taques declarou que ainda espera ser chamado pela Polícia Civil ou Ministério Público Estadual (MPE).

“Eu estou louco para falar. Já peticionei em todos os lugares para que eu possa prestar depoimento”, declarou Taques, após a aprovação das suas contas de Governo no exercício 2018 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), na noite de terça-feira (6).

Taques explicou que, como governador, evitou se manifestar em relação ao esquema, mas agora, fora do cargo, vai exercer seu direito de defesa. 

“Como governador, eu tinha e mantive a liturgia do cargo, mas agora eu não sou mais governador. Eu, como todo cidadão, tenho o direito constitucional de exercer a minha defesa conforme determina a própria Constituição”, completou.

A acusação

Os PMs afirmaram que Pedro e o seu primo Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil, não só sabiam da "grampolândia" como ajudaram a esquematizá-la durante a campanha eleitoral em 2014.

Eles revelam que os primos deram dinheiro para construir a central telefônica clandestina.

Ainda conforme os PMs, Pedro e Paulo utilizavam das informações coletadas clandestinamente durante a campanha principalmente para espionar adversários políticos, jornalistas, servidores e advogados. . 

Posteriormente, já no cargo, de acordo com os PMs, Pedro Taques continuava recebendo informações obtidas dos telefones grampeados. 

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