Thaiza Assunção
Mídia News
A Justiça Federal quebrou os sigilos bancários do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Alencar Soares, do engenheiro Acidemando de Moraes Carvalho e da empresa Agropecuária Matrinchã Ltda.
A decisão atende um pedido do ex-deputado estadual e delator premiado, José Riva. O processo está em segredo de Justiça.
A reportagem apurou que o objetivo da quebra de sigilo é rastrear o destino de aproximadamente R$ 2,5 milhões que foram desviados da Assembleia Legislativa para compra da cadeira de Alencar Soares no TCE.
O cargo foi ocupado pelo ex-deputado estadual Sérgio Ricardo. Ele encontra-se afastado desde 2017 por conta dos fatos.
O suposto esquema também é investigado em uma ação cívil pública na Justiça comum.
Em sua colaboração premiada, José Riva afirmou que a compra da vaga no TCE, feita por Sérgio Ricardo, custou R$ 15 milhões. Além disso, declarou que a negociação teve o aval do ex-governador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).
Segundo José Riva, o acordo para comprar a vaga do ex-conselheiro Alencar Soares para Sérgio Ricardo foi definido na eleição da Mesa Diretora da Assembleia em 2009.
De acordo com o depoimento, o primeiro repasse de Sérgio Ricardo para Alencar Soares, no valor de R$ 2,5 milhões, que teriam sido desviados do Legislativo, teve o ex-secretário da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot, como testemunha.