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POLÍCIA Quarta-feira, 07 de Abril de 2021, 16:45 - A | A

07 de Abril de 2021, 16h:45 - A | A

POLÍCIA / Hospital São Judas Tadeu

Polícia começa investigar denúncia de negligência com pacientes de Covid em hospital de Cuiabá

Delegada ouviu nesta quarta depoimento da técnica de enfermagem que tornou público as supostas práticas de maus-tratos

RD NEWS



Polícia Civil abriu uma investigação preliminar, nesta terça-feira (06), para apurar a denúncia registrada pela técnica de enfermagem Amanda Benício, de 38 anos, contra o Hospital São Judas Tadeu por supostas práticas de maus tratos e irregularidades com pacientes internados com Covid-19 em Cuiabá.

O auto de investigação preliminar foi instaurado pela 2ª Delegacia da Capital (Planalto) e é conduzido pela delegada Luciani Barros Pereira de Lima.

Nesta quarta-feira (07), Luciani ouviu em depoimento a técnica de enfermagem durante toda a manhã, que relatou as supostas denúncias em um boletim de ocorrência registrado na Central de Ocorrências de Cuiabá, na última segunda-feira.

A apuração preliminar também apura os fatos apontados em um segundo boletim de ocorrência, registrado pela Polícia Militar, em que a técnica de enfermagem consta como uma das partes envolvidas em um princípio de tumulto ocorrido na manhã do dia 5 de abril, no hospital particular, localizado no Jardim Califórnia, na Capital.

A delegada destaca que todas as informações apresentadas pela técnica de enfermagem serão apuradas. Os próximos passos da investigação são a requisição de documentos que se fizerem necessários para o esclarecimento dos fatos e oitivas de pessoas citadas pela profissional de saúde no boletim registrado, entre elas familiares de pacientes atendidos e funcionários do hospital.

A técnica afirma que uma fisioterapeuta do hospital colocou a máscara de oxigênio errado em Thiago, o que teria aumentado sua saturação, além de que ele teria pedido socorro e afirmado que o hospital estaria matando-o.

A profissional relata também que foi repassado que teriam que escolher qual paciente sobreviver por que não há respiradores e leitos, além da falta de sedativos para intubação, medicamentos e que pacientes intubados estão acordando do coma induzido e sendo amarrados. Em entrevista à imprensa na delegacia, Amanda afirma que foi demitida por falar a verdade e que resolveu denunciar por não "compactuar com a morte". Ela assumiu responsabilidades cíveis e criminais por tudo que declarou no BO.

Diante da situação, o Comando Geral da Polícia Militar pediu abertura de investigação de possível negligência no CRM e no Ministério Público Estadual. O hospital nega irregularidades e diz que a denúncia é uma vingança de Amanda por ter sido demitida há uma semana



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