Folha Max
Eleito novo primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que ainda não “está convencido” sobre sua ida para o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE). Os questionamentos sobre o assunto se intensificaram após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou o democrata da presidência da Assembleia Legislativa.
Ao chegar no Palácio Paiaguás na manhã desta quinta-feira (25), Botelho foi sucinto ao reforçar que ainda não há qualquer conversa sobre assunto. “Por enquanto, não há conversa sobre isso. Ainda não fui convencido de ir para lá”, disse.
Não é de hoje que o parlamentar é questionado sobre a possibilidade em assumir a cadeira que atualmente é de titularidade do conselheiro Waldir Teis, que está afastado do cargo desde 14 de setembro de 2017 e aguarda o aval para se aposentar do cargo. Teis e outros conselheiros foram alvos da operação “Malebolge”, da Polícia Federal, e junto a outros conselheiros do órgão teriam se beneficiado de uma propina de R$ 53 milhões em um esquema articulado pelo ex-governador Silval Barbosa.
O pedido de aposentadoria de Teis ainda está sob análise da procuradoria da Corte de Contas. Paralelo a isso, outros fatos continuam movimentando o TCE.
Isso porque, recentemente, a justiça autorizou a retomada dos conselheiros José Carlos Novelli e Antonio Joaquim. A decisão partiu do ministro do Superior Tribunal de Jusyiça, Raul Araújo, que decidiu por não prorrogar as medidas cautelares que mantinham os afastamentos.
A decisão já havia favorecido os conselheiros Sérgio Ricardo de Almeida e Waldir Teis. Porém, eles seguem afastados porque possuem outras medidas de afastamento do cargo.
Botelho, por sua vez, avaliou como positiva o retorno dos conselheiros a corte de contas. “Já vi exagero nesses afastamentos. É uma decisão que veio atrasado até. Com isso, o Tribunal de Contas ganha. São pessoas de altíssimo nível e alta qualidade”, disse.