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A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de marcar uma sessão do Congresso Nacional para a próxima quarta-feira (27) pela manhã, não agradou aos parlamentares que apoiam a prisão em segunda instância.
“Isso tem o intuito claro de impossibilitar a votação do projeto já que a apreciação na CCJ também ocorre nessa mesma data e horário. Se essa decisão for mantida, nós, do grupo 'Muda Senado, Muda Brasil', seremos obrigados a obstruir qualquer votação enquanto esse assunto não for resolvido”, afirmou a relatora da proposta, a senadora Juíza Selma.
Ela disse que não vê problemas em acatar o texto dos deputados, desde que o projeto continue a tramitar, já que as alterações são diferentes.
"Nossa PEC foi retirada de pauta e incluímos um PL. Abrimos mão da PEC do Senado, pois teria tramitação vagarosa. Com intenção nítida de procrastinar, ele vem com essa", disse.
O PL que tramita na CCJ do Senado estava pronto para ir a plenário quarta-feira, com possibilidade de chegar à Câmara antes do recesso. Já a PEC que tramita na Câmara saiu da CCJ na quarta-feira e, ontem, seguiu para a comissão especial.
Para Juíza Selma, nem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nem Alcolumbre estão interessados no tema.
"Sabemos que, muito dificilmente, essa PEC será aprovada antes do meio ou fim do ano que vem. O PL, de qualquer forma, não antagoniza, e os dois falam no mesmo sentido. Não vemos nenhuma dificuldade para que os dois tramitem", disse.