Da Redação
Semana7
Reeleito com 74,34% dos votos válidos, nas eleições de 6 de outubro, o prefeito de Tesouro (a 385 km de Cuiabá), Isaack Castelo Branco (PSB), disse aos seus eleitores a que veio neste seu segundo mandato que está por vir. Ele apresentou um projeto de lei, já aprovado pelos vereadores na segunda-feira (21), que aumenta seu salário de R$ 16 mil para R$ 34 mil. Na mesma ocasião, outro projeto, da Câmara Municipal, aumenta a remuneração mensal dos parlamentares de R$ 3,4 mil para R$ 6,9 mil, a partir de 1º de janeiro de 2025.
Ambos os projetos (007/2024 e 008/2024), que passam longe da realidade econômica do município, suscitaram a indignação de muitos e estão até agora sem uma resposta ao público, seja da Câmara Municipal ou da Prefeitura.
O documento especifica que se o prefeito sair de licença para tratar de assuntos particulares, passa a receber o valor do subsídio do vice-prefeito, Gledson (União), que receberá 50% do salário fixado para o prefeito, ou seja, R$ 17 mil. Além disso, os secretários municipais receberão salário no valor de R$ 8 mil. Já o subsídio do presidente da Câmara será o salário base acrescido de 50% do mesmo, chegando ao valor de R$ 10,3 mil.
Os projetos foram aprovados com 8 votos a 1, o único vereador que votou contra foi Nelson José (MDB). Durante a sessão, ele afirmou que fazia questão de votar e disse que o orçamento do município não é adequado com os aumentos.
As despesas decorrentes da lei, que deve ser sancionada pelo prefeito nos próximos dias, serão atendidas por dotações orçamentárias próprias.
Concluindo, a partir de 1º de janeiro, Isaack passa a receber a bagatela de R$ 34 mil, equivalente ao vencimento de um deputado estadual em Mato Grosso. É como se os 3 mil habitantes de Tesouro, onde a maioria ganha cerca de 1 salário mínimo (1.412 reais), tivessem que desembolsar cerca de R$ 11,33 para manter o salário de seu prefeito.
É conveniente lembrar que, a partir de 2025, o salário do presidente da República, que ganha de igual modo a um senador ou deputado federal será de R$ 46 mil. Já o governador de Mato Grosso receberá mensalmente cerca de R$ 41 mil.
