Da Redação
Semana7
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso vai apurar a conduta da servidora pública municipal de Campinápolis (MT) Marina da Costa Azevedo por apresentar um atestado médico que a afastou do trabalho por 60 dias devido às doenças “ansiedade e depressão grave”. O procedimento interno foi instaurado no dia 21 de junho.
O requerimento do afastamento por motivos de saúde ocorreu cerca de 10 dias após a Prefeitura de Campinápolis negar um pedido da professora para usufruir de duas férias vencidas. Segundo o Município, ela havia se afastado anteriormente por 24 meses para capacitação (mestrado), de forma remunerada, o que não lhe daria direito a férias com relação a esse período.
O comportamento da servidora durante o período de atestado médico foi alvo de abertura de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), o qual foi indeferido posteriormente. Conforme fotos e argumentação presentes na representação do PAD, a servidora fez publicações na rede social Instagram, durante o afastamento por doença, participando de inúmeras atividades, festividades, além de fazer ingestão de bebida alcoólica, condutas que não correspondiam com o quadro de ansiedade e depressão grave apresentado pela professora.
A denúncia ao MP também aponta eventual prática de tráfico de influência por parte do convivente da servidora, o médico Leonardo Prudente, que tem ligação com o prefeito de Campinápolis, José Bueno, na tentativa de impedir a abertura do Procedimento Administrativo Disciplinar.
Em contato com a prefeitura de Campinápolis, esta informou que o prefeito indeferiu a abertura de PAD sob o argumento que os atestados médicos são incontestáveis.
Procurada pelo Semana7, a servidora pública ressaltou o indeferimento da abertura do PAD pela Prefeitura Municipal e afirmou que não irá se manifestar.
Após a investigação da Promotoria de Justiça de Campinápolis, se comprovada eventual fraude, a professora poderá responder pelo crime de uso de documento falso e por improbidade administrativa, podendo ser demitida do serviço público, além de ter que devolver os valores de salário que recebeu durante o afastamento.