Andrezza Dias
Da Redação
Reprodução
Delegada Luciana Canaverde durante coletiva na manhã desta segunda-feira (24).
A delegada Luciana Canaverde, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, em Barra do Garças, deu detalhes sobre o início das investigações sobre a morte de um bebê indígena de apenas três meses, ocorrida no sábado (22), na emergência do Pronto Socorro do município. Existe a suspeita de que a criança tenha sido vítima de maus-tratos.
O conselheiro tutelar Moraes Souza Vieira registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia da Polícia Civil, onde relatou que recebeu uma denúncia sobre a internação de um bebê indígena na unidade hospitalar com lesões gravíssimas na cabeça, pescoço, mãos, luxação no crânio e em várias partes do corpo.
A criança foi levada ao Pronto Socorro por uma tia e funcionários da Casa de Saúde do Índio de Barra do Garças (Casai).
De acordo com a delegada, foi requisitado o exame de necropsia para apurar se o caso trata-se de maus-tratos seguido de morte ou um infanticídio. Além disso, Luciana ressaltou que é necessário verificar a cultura indígena envolvida e o acompanhamento de saúde realizado pela equipe de Assistência Indígena para os esclarecimentos.
Os pais da criança alegaram no hospital que o bebê estava com um furúnculo no pescoço, o que teria causado o óbito. Conforme a delegada, de fato, a vítima apresentava uma ferida purulenta e outras lesões que terão as causas conhecidas somente após o laudo de necropsia.
A delegacia Especializada da Mulher analisará ainda o prontuário médico e as provas testemunhais que serão colhidas. O perito tem o prazo de 30 dias para a entrega dos laudos.
(Com informações do Araguaia Notícias).