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POLÍTICA Segunda-feira, 19 de Maio de 2025, 13:25 - A | A

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POLÍTICA / TRAMA GOLPISTA

General de MT depõe no Supremo em ação penal contra Jair Bolsonaro

Júlio César Arruda deixou o comando-geral do Exército em 21 de janeiro de 2023

RD News



O general Júlio Cesar Arruda, natural de Cuiabá, que comandou o Exército Brasileiro por aproximadamente  30 dias, no início do Governo Lula (PT) em 2023, será uma das 81 testemunhas arroladas  por acusação e defesa, na ação penal da trama golpista que tem o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) entre os réus, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento deve acontecer  na próxima quinta-feira (22).

Nesta data,  iniciam os  depoimentos das testemunhas de defesa do delator,  coronel Mauro Cid. O oficial foi  ajudante de ordens de Bolsonaro entre 2019 e 2022.

A expectativa é que as  declarações do general Júlio César Arruda  possa corroborar com a delação premiada de Mauro Cid.  Isso porque, em depoimentos anteriores,  teria rejeitado a proposta de golpe de Estado para impedir que Lula assumisse a presidência do Brasil em 1º de janeiro de 2023.

A proposta teria sido apresentada   pelo general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República  no Governo Bolsonaro   às vésperas da posse de Júlio César Arruda como comandante-geral do Exército, em 30 de novembro de 2022.  O encontro entre os oficiais teria ocorrido dois dias antes.

“O senhor vai assumir o comando depois de amanhã. O senhor tem de fazer alguma coisa!", teria dito Mário Fernandes. Já Júlio César Arruda teria sido bastante rude com o seu colega de farda  e acabou o expulsando do gabinete, juntos com os dois coronéis do Exército, que o acompanhavam na ocasião.  

O general cuiabano ainda teria dado a ordem para que os três oficiais  nunca mais voltassem em sua sala enquanto  fosse comandante do Exército. O caso foi noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo. À época, Júlio César Arruda não comentou nem negou as informações.   

Júlio César Arruda deixou o comando-geral do Exército em 21 de janeiro de 2023, após entrar em conflito com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. O oficial se negou a  revogar a  nomeação de Mauro Cid para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, considerado  unidade de elite do Exército.

Já Mário Fernandes foi preso em 19 de novembro de 2024, na Operação Tempus Veritates, deflagrada pela Polícia Federal contra a liderança da trama golpista para impedir a posse de Lula. Entre as acusações, está planejar  o assassinato do presidente da República, do vice Geraldo  Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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