Da Assessoria
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Guilherme Caputto, se reuniu nesta sexta-feira (02) com representantes do setor produtivo na sede da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) para conhecer de perto como funciona a cadeia produtiva do Estado e ouvir os representantes de cada setor. Caputto destacou que esse movimento não é do TST e nem do Tribunal Regional do Trabalho em Mato Grosso, mas de alguns magistrados que buscam conhecer a realidade tanto de empregados quanto de empregadores, para que as decisões sejam mais justas e conforme a realidade de cada setor.
“A intenção é saber qual a forma de trabalho na pecuária, suinocultura, produção de aves, as horas de trabalho, as jornadas se numa cultura é necessário ser das 22h às 4h. Esse movimento busca uma justiça moderna que busca ouvir para tomar decisões imparciais”, explicou o ministro.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Belicantta, essa aproximação da Justiça do Trabalho com o setor produtivo é extremamente importante, pois o setor expõe as suas preocupações e anseios e a busca pela segurança jurídica, com julgamentos iguais para as mesmas questões.
“Essa mudança é fundamental. Hoje temos julgamentos diferentes para casos iguais, causando insegurança jurídica, que é um tema que é uma preocupação não para indústria frigorífica, mas para todos os setores”.
A desembargadora do TRT, Adenir Carruesco, comentou que ao se falar em justiça, a imagem que se vem à cabeça é de uma balança, ou seja, não se pende para o trabalhador e nem para o empregador, o trabalho ou o capital, mas para julgamentos justos.
“É importante que a gente conheça de perto como funciona a cadeia produtiva, como vocês trabalham no dia a dia, se a gente não conhecer a realidade não tem justiça possível. Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga ignorando o direito. O ministro Guilherme teve essa sensibilidade de sair do gabinete e conhecer as dificuldades dos trabalhadores e dos empresários. Não há segurança jurídica com uma realidade construída nos gabinetes do que a de fato que acontece no mundo real”.
Também participaram da reunião representantes da Famato, Associação de Produtores de Sementes (Aprosmat), Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MT), Associação de Produtores de Algodão (Ampa), Associação de Produtores de Leite (Aproleite), Associação dos Criadores de Ovinos (Ovinomat), Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Fórum Agro, Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Amaggi e Bom Futuro.
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