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AGRONEGÓCIO / Gado do futuro

Superprecoces estão mudando o jogo da pecuária brasileira

Do Verbalize



Em um país que precisa produzir mais carne com menos terra, menos tempo e menor impacto ambiental, alguns pecuaristas já vem antecipando um movimento que pode mudar a lógica da pecuária de corte: o uso dos animais superprecoces.

Quando se fala em melhoramento genético, o filho tem que ser melhor que o pai. Esta é a evolução perseguida na pecuária de produção, tudo com o objetivo de encurtar os ciclos, conferindo melhores índices econômicos à cadeia.

Assim, alicerçado nos programas de melhoramento genético e o uso do genoma, o objetivo – filhos melhores que os pais – tem se atingido com certa frequência.

Sabidamente o ciclo pecuário é extremamente longo. Desde a tomada de decisão quanto ao acasalamento até a efetiva e completa avaliação da produção, se vão pelo menos 36 meses.

Mas, dada a acurácia conferida pelas avaliações genética e genômica, não é mais necessário se aguardar todo esse período para a multiplicação desse material genético melhorador.

Atualmente os criadores usuários destas ferramentas estão multiplicando bezerras com 06 meses de idade, com uso de semem de garrotes com 12 meses. E isso é possível através da ferramenta da fertilização in vitro – FIV. Aspira-se as bezerras e seus óvulos são fecundados com semem de touros já provados ou também dos superprecoces.

Na Genética Conquista isso já é o novo normal, explica Fábio Mello.

“Aqui fazemos uso de todas as ferramentas disponíveis no mercado para avaliar nossos animais e apoiado em três programas de melhoramento genético, temos segurança em desafiar os superprecoces, tanto machos como fêmeas”.

É produtividade com inteligência genética.

Mas o segredo não está apenas nos números. O que sustenta esse avanço é um trabalho de mais de uma década em seleção, cruzamento estratégico e acompanhamento rigoroso de dados fenotípicos e genéticos. “A gente não está brincando de fazer bezerro bonito. A gente seleciona para performance real, com base em dados objetivos. Cada animal produzido é uma central de eficiência ambulante”, brinca o criador.

A Genética Conquista, com sede em Mato Grosso, é hoje uma das referências em melhoramento genético de raças como Senepol e Nelore. Além de investir em ciência e tecnologia, a empresa também aposta no compartilhamento de conhecimento com outros criadores, o que tem ajudado a disseminar a cultura da seleção técnica no campo.

“Quanto mais gente trabalhando com genética séria, melhor para todo mundo. O Brasil tem tudo para ser referência mundial em pecuária tropical de alta eficiência. E isso passa por genética. Exemplo do uso de genética é o americano, que tem metade do nosso rebanho e produz mais carne do que nós”, reforça Fábio.

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