Cely Trevisan
AGR Notícias
Foto: Cely Trevisan
Popularmente chamada de “fruta-dragão”, a pitaya é uma fruta que chama a atenção pela sua beleza em um primeiro momento. Originária do México e de países da América Central, associada a riqueza de vitaminas, nutrientes e sabor, a pitaya tem conquistado espaço no Médio Araguaia mato-grossense, primeiramente em Canarana e, recentemente, em Gaúcha do Norte.
Em Gaúcha do Norte, a pioneira na produção é Irene O. Flach Lenz. A produtora trabalha com viveiro de mudas há cerca de seis anos e despertou a curiosidade após ler uma matéria do AGR Notícias sobre a produção da pitaya em uma propriedade de Canarana.
“Li a matéria, pesquisei um pouco sobre a fruta, manejo, cultivo e cuidados e logo visitei a propriedade da “Maria” Rita em Canarana. Foi ali que comprei as primeiras mudas e peguei muitas dicas para a produção da pitaya. Rita me apoiou muito e continua ajudando com sua experiência”, disse Irene.
Com uma janela de produção de novembro a abril, em dezembro de 2020, foram plantadas as primeiras 120 mudas de pitaya. Com três meses já foram colhidos os primeiros frutos, isso porque as mudas já eram grandes e foram tiradas em período de floração.
Com área de dois hectares destinado a produção e com adubação puramente orgânica, o objetivo da produtora é implantar em breve todas as estruturas de pergolados nas plantas e expandir o plantio para mil pés até final deste ano e posteriormente até três mil pés. “Com a produção pretendo não só abastecer o município de Gaúcha, mas também grandes cidades de Mato Grosso como Primavera do Leste, Sorriso, Rondonópolis, que consomem a fruta que vem de grandes centros como São Paulo, lugares muito distantes, que para aguentar esse transporte as frutas precisam ser ainda um pouco verde, “de vez”, perdendo assim um pouco do sabor da fruta. Pretendo produzir e entregar uma fruta mais saborosa, saudável e sadia”, apontou a produtora.
Quatro variedades de pitaya são cultivadas na propriedade: a de casca vermelha com polpa roxa, casca vermelha com polpa branca, casca amarela e polpa branca e a variedade Costa Rica, que também tem a casca vermelha e a polpa roxa, mas que se destaca pela sua doçura. “A doçura da pitaya é medida pelo brique, e esta Costa Rica é a variedade que tem o maior brique, é a mais doce entre as variedades”, comentou a produtora.
Viveiro
Na propriedade localizada há pouco mais de um quilômetro da cidade, Irene também cultiva seu viveiro de mudas que leva o nome de ‘Sempre Verde’, onde são estimadas mais de 40 mil mudas desde plantas voltadas para reflorestamento, ornamentais e pomares.
“Tudo é trabalho, é investimento, mas é muito bom trabalhar com o que a gente gosta”, finalizou Irene.