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CIDADES Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 17:59 - A | A

04 de Junho de 2025, 17h:59 - A | A

CIDADES / em nota

Ibama nega abuso de poder em operação e diz que macaco apreendido foi exibido em redes sociais

O animal estava sob os cuidados de um médico de Barra do Garças, que criticou a abordagem dos agentes

Da Redação
Semana7



O macaco-prego recolhido por agentes ambientais federais da casa onde vivia com uma família, em Barra do Garças, foi exposto por diversas vezes nas redes sociais mesmo após o tutor ser notificado e advertido sobre a prática, informou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O episódio ocorreu na última sexta-feira (30/05) e, desde então, tem gerado comoção na internet.

O animal estava sob os cuidados do médico Morato Luiz Costa há cerca de um ano e meio, após ter sido resgatado ferido e sem uma das pernas. Em entrevista à imprensa local, Morato afirmou ter acolhido o macaco por compaixão e denunciou suposto abuso de poder por parte dos agentes durante a abordagem em seu apartamento.

Em nota enviada ao Semana7 nesta quarta-feira (4), o Ibama que a apreensão do animal ocorreu durante a Operação Genesis, deflagrada pelo Núcleo de Fiscalização da Fauna (Nufau), com apoio da Unidade Técnica do instituto em Barra do Garças. A ação teve como base uma denúncia sobre o uso de imagens de animais silvestres em redes sociais. Entre os alvos, estava o caso do macaco-prego Guerreiro.

De acordo com o Ibama, o tutor chegou a ser notificado formalmente em 2024 de que a exposição do animal era proibida e que, caso insistisse, o macaco poderia ser apreendido. À época, ele possuía um termo de guarda provisório emitido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).

O órgão negou qualquer acusação de invasão de domicílio e reiterou que a ação foi registrada por câmeras. "Na ação da última sexta-feira (30), os agentes do Ibama foram recebidos pela esposa do Sr. Morato, em sua residência, que consentiu e autorizou a entrada dos agentes para a realização da vistoria. Desse modo, o Ibama afirma que não houve invasão de domicílio ou qualquer atividade de entrada forçada como relatado pelo autuado em suas redes sociais. Ressaltamos ainda que toda a ação foi registrada por câmeras, tanto as presentes na residência, quanto pelos próprios agentes ambientais federais", diz trecho da nota.

A vistoria também constatou que a licença provisória de guarda do animal estava vencida há mais de seis meses, conforme o diretor regional da Sema-MT em Barra do Garças. "O ato de exposição indevida caracteriza descumprimento de cláusulas do termo de guarda emitido pela Sema -MT, cabendo assim a apreensão e destinação do animal para tratamento e acompanhamento".

O animal será encaminhado a um dos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde receberá os cuidados necessários, contudo a localização da unidade não foi informada.

 

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