João Pedro Donadel
Da Redação
Os estudantes do UniCathedral – Centro Universitário realizaram um protesto no pátio da instituição na noite desta quinta-feira (18). A principal reivindicação é que as provas bimestrais, que acontecem nesse mês de novembro, sejam aplicadas de forma igualitária para todos, ou seja, todas no formato online.
Essa reinvindicação parte, de sua grande maioria, dos alunos do curso de Direto da UniCathedral, que protocolaram requerimento à reitoria e à coordenadoria do curso, apontando diversos fatores para que as avaliações sejam feitas via sistema da instituição. O documento, segundo os próprios publicaram em suas redes sociais, reuniu mais de 300 assinaturas.
A manifestação aconteceu durante o intervalo das aulas noturnas e juntou alto número de estudantes, de início na porta da instituição e depois se reunindo no pátio da faculdade, onde o número de pessoas aumentou, sendo visível pelas imagens, ao se somarem com os alunos que por ali estavam reunidos anteriormente, no intervalo das atividades do período.
O fato reuniu a imprensa local e até mesmo alunos que não concordam com o movimento, como consta em publicações em suas redes sociais.
Os estudantes usam de argumentos como o trabalho extra a professores confeccionarem avaliações para os dois formatos (online e presencial); a surpresa na obrigatoriedade do retorno as aulas presenciais, onde os alunos foram informados que em menos de 72hs, ainda em outubro, a faculdade retornaria suas atividades presenciais; os efeitos da pandemia que fizeram com que parte dos alunos (que residem fora do município e seu entorno) devolvessem seus apartamentos durante o período da Covid-19; estresse e ansiedade causados pelas provas do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); aplicação das provas de forma remota, assim como foram realizadas no primeiro bimestre do atual semestre (2021/2); entre outros.
Em suma, os alunos pedem igualdade de tratamento no que diz respeito as aplicações das provas bimestrais. Outra alegação parte do princípio que os estudantes contaram com quase dois anos de aulas de maneira remota e a mudança repentina, aliada a aplicação das provas de formas diferentes para os estudantes.
“É de um completo descaso que um requerimento com mais de 300 assinaturas, que busca apenas igualdade entre todos os alunos, seja ignorado”, diz publicação feita pelos estudantes nas redes sociais.
Reprodução/Instagram

Manifestação dos alunos de direito da UniCathedral via Instagram
Em contato com o reitor da UniCathedral, Sandro Luis Costa Saggin, o mesmo disse ter tido conhecimento da manifestação quando já estava em sua residência e não pôde comparecer ao local. Questionado pela sua ausência no protesto, Saggin disse que “se tivessem feito contato comigo, teria marcado uma assembleia ainda maior”.
O reitor acredita que os pontos abordados pelos estudantes não traduzem a realidade dos fatos, pois segundo o próprio, na manhã da quinta-feira (18), sua equipe realizou encontro com representantes de sala do curso de Direito e os mesmos concordaram com a decisão da instituição.
“Nós temos muitos alunos e por isso lidamos diretamente com seus representantes de salas. Eles saíram desta reunião satisfeitos, entenderam os motivos das provas serem presenciais para quem está estudando desde 18/10 presencialmente e de forma remota para aqueles que, através de requerimento, comprovaram sua residência fora do raio das cidades que possuem transporte diariamente para Barra do Garças”, enfatizou.
Sobre a volta às aulas presencialmente, Saggin disse que a instituição se baseou na lei, através dos decretos municipais, estaduais e federal para decidir o momento certo para que as atividades presenciais retornassem.
“Para mim está claro, se você está participando das aulas presenciais, suas provas serão feitas de forma presencialmente. Isso já foi explicado aos alunos. Foi avisado bem antes. E na verdade desde o início do semestre estavam todos cientes de que quando mudasse o decreto iria haver o retorno. Ademais, foi aberta a possibilidade de todos os alunos que moram fora requererem permanecer no EAD até o final do ano. Então tentamos não prejudicar ninguém. Ao contrário, facilitamos”, destacou.
Sobre a manifestação, o reitor considera deslegitima, pois os pontos apresentados não condizem com a fiel realidade dos fatos. Além disso, ele pontua que é apenas uma pequena parcela de estudantes que realizaram essa manifestação e não condiz com a verdadeira vontade da maioria dos alunos.
“Eles se valeram de uma reinvindicação nas redes sociais e causaram esse protesto. Sei que a maior parte dos estudantes entende o nosso lado. Ontem, pelo o que me foi passado ‘tinha’ uns 100 alunos, mas como foi feito no pátio da faculdade, grande parte já estava ali, nem fazia parte da manifestação”, reforçou.
Veja abaixo algumas das imagens divulgadas via redes sociais da manifestação dessa quinta-feira (18).
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Secom
