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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13), a 5ª fase da Operação Sisamnes. Nas investigações, foi identificada uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas “propinas” lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.
Por determinação do Supremo Tribunal Federal, são cumpridos os 11 mandados busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 20 milhões e a proibição dos investigados de saírem do país, com a apreensão de seus passaportes.
As ordens judiciais são cumpridas em Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. A PF apura crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa.
Operação Sisamnes
A Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado em Mato Grosso, mirou supostos crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.
Segundo a PF, as investigações apontam para um suposto esquema de venda de decisões judiciais envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.
A ação culminou no afastamento dos desembargadores Sebastião Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Caso veio à tona após análise do celular do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro do ano passado.
O lobista Andreson Gonçalves também foi preso na operação. Ele foi transferido na semana passada da Penitenciária Central do Estado para a Penitenciária Federal de Brasília. Nesta semana, o STF decidiu manter a prisão preventiva do lobista.