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Com o objetivo de dar maior clareza a todos sobre a realidade das áreas úmidas do Vale do Araguaia, o deputado Dr. Eugênio de Paiva lidera nesta sexta-feira (27/10) uma expedição composta por jornalistas e professores de Cuiabá à região do Araguaia.
O deputado afirmou que o principal objetivo da caravana é mostrar aos profissionais da mídia de Cuiabá como são as características das áreas úmidas do Araguaia, uma vez que a região tem tido impasse jurídico e insegurança, ao ser equiparada como se fosse Pantanal. A situação inviabiliza a produção em 17 municípios da região.
"Nós que aqui vivemos sabemos a realidade das áreas úmidas, o produtor rural, que tem estas áreas em sua propriedade, sabe que nestes locais ele não vai produzir nada. A gente não consegue plantar, elas são automaticamente preservadas", explicou aos jornalistas. "Nós não podemos de jeito nenhum fazer drenagem nessas áreas", completou Dr Eugênio.
A expedição é acompanhada pelos professores e geólogos, Fernando Ximenes de Tavares Salomão, doutor em Geociências e Meio Ambiente, e Elder Luciano Madruga, mestre em Uso e Ocupação de Solo.
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O professor Ximenes esclarece que pode-se demonstrar através do conhecimento do solo que é possível deduzir o ambiente que se formou.
"Essa área úmida do Araguaia existe, e não deve ser ocupada. Muito menos drenada, para não prejudicar o ambiente de funcionamento dos cursos d' água.
mas não é Pantanal, sendo isso necessário com comprovação por meio de pesquisa de campo, o que deve ser demonstrado com o estudo estudo. O Pantanal é uma área sujeita à acúmulo de água. Os cursos d' água afluem para o Pantanal, que é uma área rebaixada, a água é acumulada dos rios e dos córregos. Quando vem período de chuva, ele transborda, inunda e forma o que é conhecido como Pantanal", explica.
"Inundação é diferente de alagamento. Inundação é causada pelo transbordamento do curso d' água. Enquanto o alagamento é feito pela retenção de água, quando a água não infiltra no solo", descreve o professor Ximenes.
A viagem começou na quinta-feira, dia 26, com saída de Cuiabá, os jornalistas e professores pernoitaram em Água Boa.
Nesta sexta-feira, eles visitaram a Fazenda Nevada, em Nova Nazaré, do proprietário Valton Marques do Barros, e depois seguem à tarde para a Fazenda Água Preta, em Cocalinho, retornando a Cuiabá no domingo, dia 29. Se a proposta não for revertida, o município de Cocalinho, por exemplo, poderá perder mais de 90% do seu território, que hoje é usado para pecuária extensiva e pela agricultura.
Em decisão recente, o juiz da Vara Especializada em Meio Ambiente, Rodrigo Roberto Curvo determinou prazo de 4 meses, a partir do dia 18/10, para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT) realizar estudo técnico e definir sobre a área úmida do Araguaia. Por articulação e gestão do Dr. Eugênio, a Assembleia Legislativa destinou em meados deste mês R$ 2,1 milhões para realizar estudo técnico contratado pela Fundação Uniselva, vinculada à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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