Emily Tinan e Ronan de Sá
Em entrevista ao Semana7 o vice-prefeito e secretário de Educação de Barra do Garças, Sivirino Souza, comentou que o maior desafio da sua pasta é a questão salarial dos servidores da educação. “A questão humana será nosso maior enfrentamento, pois os professores estão desmotivados com a desvalorização salarial”, afirmou.
Para o secretário e também professor da rede pública, a parte estrutural das escolas municipais não será um problema para que a educação seja exercida, pois muitos prédios receberam reformas a pouco tempo, porém, o aprendizado pode ser prejudicado quando existe uma desvalorização dos educandos. “Se quem leva o conhecimento estiver desmotivado é uma infelicidade total para a pasta da educação. Então por isso que neste ano de 2021, será um ano de muita discussão para o entendimento desta educação que acreditamos que é possível construir ”, explica.
Todas as decisões devem ser acertadas também pensando no limite que o caixa da prefeitura possui para que não extrapole os gastos, desta forma, Sivirino confirmou, que neste contexto, seria necessário a demissões de contratados, sem especificar exatamente se seriam professores, e ou, técnicos. “Este é nosso desafio, para que seja colocado em pauta o aumento teremos que fazer cortes dos contratados”, declarou.
O secretário ainda comentou que está buscando criar uma lei que colocaria em prática de novo o coeficiente, sem dar maiores informações sobre o assunto. “O retorno do coeficiente é possível, há mecanismos para que isso aconteça, mas iremos construir isso melhor com nosso gestor, Dr. Adilson, para que possamos chegar neste denominador”, concluiu.
Aulas em 2021
O retorno das aulas em um ano de pandemia ainda não possui uma confirmação se irá acontecer e de que forma será, pois, de acordo com o secretário, este dilema será discutido com sua equipe neste período de férias escolar. “Nós temos que ouvir a todos e, principalmente, os especialistas da área da saúde para que o assunto seja avaliado com carinho, sendo impossível travar agora uma possibilidade”, esclareceu.
Segundo Sivirino, todas as possibilidades serão discutidas pensando em não prejudicar os estudantes. “Em relação ao conhecimento, o ano de 2020 foi perdido, um ano que ficou no esquecimento, mas eu acredito que com muito bom senso, seriedade e propósito iremos chegar em um senso comum que seja melhor para todos”, explicou.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) divulgou no final do ano passado que está desenvolvendo um plano de ação para o ano letivo de 2021, para que os municípios possam seguir as práticas caso exista segurança para o retorno das aulas.
