Kayc Alves
Da redação
Os postos de saúde do setor Nova Esperança, da Vila União e do setor Araguaia (303, 304 e 306), em Aragarças, foram reabertos, nesta quinta-feira (24). O fato ocorre uma semana depois de a fiscalização da Vigilância Sanitária interditar cinco unidades no município. Agora, a prefeitura tenta reabrir mais dois postos e evitar a interdição do Hospital Municipal Getúlio Vargas.
Após dois dias de fiscalização, na semana passada, a Suvisa (Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás) havia determinado a interdição de cinco das seis unidades de PSF (Posto de Saúde da Família), por problemas estruturais. Segundo a entidade, que é braço da Secretaria de Estado de Saúde, faltavam condições para a segurança de pacientes e de funcionários.
Mas nesta semana, a Suvisa voltou atrás e liberou três unidades. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de Aragarças, “a secretária [Municipal de Saúde Dana Vilela] explicou pessoalmente para a superintendência que as providências para sanar os problemas encontrados pela fiscalização já estavam sendo tomadas.”
Dana Vilela esteve em Goiânia, na sede da Suvisa, na última segunda-feira (21) a fim de tratar sobre a desinterdição das unidades. Mas essa não foi a única medida tomada pela prefeitura para voltar a ofertar integralmente os atendimentos de atenção básica no município.
O município também tentou conseguir uma liminar na Justiça que não só retornaria com as atividades nos postos, mas ainda blindaria o hospital municipal de ser interditado. O recurso foi negado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
Agora, a prefeitura tenta reverter a situação nas unidades 301, no setor Bela Vista, e 305, no setor Aeroporto.
Perseguição política
Desde o ocorrido, o prefeito José Elias (PDT) vem alegando perseguição política por vereadores de oposição. Ele acusou o correligionário vereador Dulcino Figueiredo dos Santos, o Duda, de ter causado as interdições, após o parlamentar pedir providências ao Ministério Público Estadual (MPE) quanto a saúde no município.
“Sabe qual a razão de tudo isso? É porque o prefeito não paga propina. E reitero que não vou pagar. Fecha hospital, fecha prefeitura, cassa o prefeito, mas não vou pagar propina”, disse José Elias, na semana passada.
O vereador Duda rebate as criticas e afirma que apenas prestou o papel de fiscalizar. Segundo ele, a prefeitura havia sido notificada há um ano sobre problemas estruturais nos postos e no hospital, mas até o momento não teria feito as adequações.
“Fizemos a cobrança ao MPE, mediante uma notificação que recebemos da Vigilância Sanitária estadual há cerca de um ano atrás, onde a Câmara foi comunicada que o município não se adequava no que diz respeito a seus postos de saúde, nas condições de trabalho, como também no atendimento aos usuários”, na quinta-feira passada.