Durante a sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Bom Jardim de Goiás (a 369,2 km de Goiânia), que aprovou na tarde de ontem (25) o projeto de lei que autoriza o parcelamento de débitos previdenciários de servidores da prefeitura, o vereador Marcio Mendonça (Podemos) demonstrou sua indignação com alguns de seus pares.
Segundo disse, pelo menos cinco dos nove parlamentares “são de cabresto do atual prefeito” William Gregório (União Brasil), que não conseguiu se reeleger. Mendonça se referia a correia que tem uma extremidade armada para se firmar na cabeça do animal para amarrá-lo ou dirigi-lo.
Por outro lado a expressão utilizada no âmbito político, diz respeito ao domínio que certa pessoa exige sobre as demais, neste caso, aos vereadores que votaram a favor do projeto do Executivo que prevê o parcelamento em até 60 vezes de R$ 1.6 milhão referente ao débito junto ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
Durante a entrevista, Marcio revelou existir um ofício encaminhado ao prefeito Gregório solicitando informações sobre a destinação do dinheiro que não foi repassado à previdência dos servidores municipais, mas que até então “não deu informação a esta Casa”.
O parcelamento, segundo o vereador, vai atrapalhar a próxima gestão, onde o novo prefeito deverá arcar com essa dívida, que acrescida de juros atingirá o montante aproximado de R$ 3 milhões, valor considerável para um município pequeno, com baixa arrecadação.
Questionado sobre os motivos dos vereadores não terem justificado seus votos para a população que compareceu em massa ao plenário da Casa, Marcio disse estranhar a postura de seus colegas. “Eu tenho certeza que ao final dessa sessão, eles vão ligar para o prefeito, porque vereador que é encabeçado igual a eles, que têm cabresto, vão pedir permissão se podem falar [a esse respeito]”. (Da Redação)
