Kayc Alves
Da redação
Vicente de Souza

O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou que a implantação do curso de Medicina em Barra do Garças teria impacto em toda a região leste de Mato Grosso. Segundo ele, o Araguaia é a única faixa do estado que ainda não tem o curso superior, o que dificulta a contratação de profissionais às cidades da região.
“Nós temos, inclusive, uma luta muito grande na criação do curso de Medicina na cidade de Barra do Garças, porque a única região que não tem um curso de Medicina ainda é a região do Araguaia. E hoje, para trazer um médico aqui para o interior, é a maior dificuldade”, disse durante a inauguração do Hospital Municipal Prefeito João Abreu Luz, em São Félix do Araguaia, no último sábado (12).
Na ocasião, estavam reunidas autoridades políticas estaduais e federais, além de gestores das cidades vizinhas. O momento era parte da programação do 1º Encontro Regional de Prefeitos, promovido pela AMM (Associação dos Municípios Mato-grossenses) e ocorrido no última sexta-feira (11).
“O prefeito paga, às vezes, um salário mais alto do que o da cidade grande e o médico não quer ficar. Então, por isso, a formação de profissionais da área é extremamente importante”, disse o senador.
Fagundes destacou o preparo que tiveram os cerca de 70 profissionais designados a trabalhar na nova unidade hospitalar de São Félix. De acordo com ele, além da estrutura física, também é importante a capacitação das “pessoas que vão estar no dia a dia atendendo a população.”
Há alguns anos, o senador vem defendendo a implantação de um curso de Medicina em Barra do Garças, argumentando a falta de profissionais médicos para cobrir a região. No Senado, ele tem pontuado a questão com frequência, e chegou a coloca-la em discussão em uma audiência com o ex-ministro da Educação Ricardo Velez Rodrigues, em fevereiro deste ano.
Em entrevista coletiva, durante a inauguração do hospital em São Félix, Fagundes também foi questionado sobre a falta de leitos de UTI na região Norte Araguaia. Segundo ele, desde governos anteriores, há a previsão de uma unidade hospitalar regional em Confresa, com leitos de terapia intensiva. Mas o assunto teria ficado na “pedra fundamental”, ou seja, nunca saiu do papel.
“Ficou a disputa de Ribeirão [Cascalheira] com Confresa, mas eu acredito que o importante é fazer um hospital que atenda todos. Confresa estrategicamente seria o local ideal em função das distâncias entre as cidades, ficaria mais equidistante. E lá tem uma população bastante grande.”