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CIDADES Sexta-feira, 08 de Janeiro de 2021, 10:38 - A | A

08 de Janeiro de 2021, 10h:38 - A | A

CIDADES / Medidas restritivas

Presidente da CDL apoia novo decreto que visa o combate da Covid-19 em Barra do Garças

Em entrevista à rádio Aruanã, Leonardo Carvalho, afirmou que o novo decreto será um mal necessário.

Emily Tinan
da Redação



Em entrevista à rádio Aruanã na manhã desta sexta-feira (8), o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Barra do Garças, Aragarças e Pontal do Araguaia (CDL), Leonardo Carvalho, afirmou que apoia a decisão do prefeito Adilson Macedo (PSD) de criar um novo decreto que vise combater as aglomerações no município.

Na quinta-feira (7), o presidente foi convidado para participar da reunião proposta pelo prefeito de Barra do Garças, juntamente com os prefeitos da região que compõem o Consórcio Regional de Saúde. Na ocasião foi acordado entre as autoridades que novas medidas de segurança devem ser seguidas pelos setores alimentício, como bares e restaurantes, além de proibir eventos na cidade pelos próximos 15 dias.

Conforme Leonardo, a atitude de traçar um decreto que funcione de uma forma unificada entre os municípios da região foi muito assertiva por parte da nova gestão de Adilson. “Foi uma atitude louvável do prefeito, principalmente que nós, representantes do comercio, pudemos expressar nossa opinião”, disse.

O presidente explicou que conforme o grande aumento de casos de contaminação pelo vírus em Barra do Garças, o novo decreto será um mal necessário. Ele ainda afirma que as novas medidas impactarão nos setores alimentícios e de entretenimento. “Nós notamos que o comércio em momento nenhum afrouxou suas medidas sanitárias. Então eu acredito que isso foi um fator que contribuiu para que os comerciantes não precisassem fechar suas portas”, ponderou.

Mais detalhes sobre o novo decreto estão sendo anunciados nesta manhã de sexta-feira (8), em uma coletiva de imprensa pelo prefeito Adilson.

Leonardo ainda alertou que mesmo com as novas medidas, se caso a situação dos casos não sejam controladas nestes 15 dias, já foi anunciado pelo prefeito que decisões mais restritas poderão vir a ser tomadas. “É muito importante que nesses próximos 15 dias nós fizéssemos nossa parte para tentar controlar esse aumento de casos”, afirmou.

Segundo os dados do boletim epidemiológico divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, o número de contaminação pela doença aumentou em 920, em Barra do Garças, desde um dia após a finalização das eleições. De lá para cá, mais 17 mortes foram contabilizadas, sendo duas indígenas e 15 não indígenas. Além de mais quatro mortes de moradores de outros municípios.

Em novembro de 2020, a média de casos ativos ficou em cerca de 40, já no começo de dezembro foi para 150 e agora a média de casos ativos passa dos 300 casos todos os dias.

“Esse aumento de casos se deram posteriormente os momentos de festas e aglomerações, que acontecem naturalmente em todos os finais de ano”, disse o presidente, que acredita que após esses momentos de lazer e entretenimento resultaram em um expressivo pico da doença.

Vendas de final de ano

Já em relação ao levantado realizado após as compras de finais de ano, Leonardo disse que os primeiros feedbacks foram positivos. “Diante de todo esse cenário, ainda podemos considerar que foi um bom momento de vendas, no qual, muitos comerciantes conseguiram recuperar uma parte do prejuízo ocasionado durante o ano”, expressou.

O presidente não nega que as vendas foram menores em comparação aos outros anos, percebendo uma mudança no comportamento das pessoas, que em sua visão, optaram em comprar em sua grande maioria somente presentes para as pessoas do seu convívio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a intenção de compras no natal de 2020 foi a menor em 14 anos. Essa mudança foi explicada principalmente pela incerteza quanto ao futuro.

Segundo a FGV, os especialistas já esperavam que a intenção de compras cairia, principalmente devido ao alto nível de desemprego, redução de fim do auxílio emergencial e pela menor injeção de dinheiro na economia por causa do 13º reduzido.

A pesquisa especial de Natal da Sondagem do Consumidor também mostrou que os consumidores estão diminuindo seus gastos, segundo 64,8% dos respondentes. Entre as famílias de menor poder aquisitivo (que têm renda de até R$ 2.100), 74,8% sinalizaram que querem gastar menos. Mas também entre os mais ricos (renda acima de R$ 9.600) há cautela. 51,9% afirmaram que gastariam menos.



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