Marcelo Borges*
Semana7
A Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT realiza nesta terça-feira (02) a eleição para a escolha de quem ocupará os cargos de reitor e vice-reitor para os próximos quatro anos. O processo democrático terá participação de toda a comunidade acadêmica.
A eleição é chamada de “Consulta Informal UFMT 2024” e é realizada pelas três entidades da universidade: Diretório Central dos Estudantes - DCE, Associação dos Docentes da UFMT - ADUFMAT e Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFMT - SINTUF.
Concorrem à reitoria da universidade duas chapas neste segundo turno, Marluce Aparecida Souza e Silva (candidata a reitora) e Silvano Macedo Galvão (candidato a vice-reitor) pela chapa 1 - UFMT QUE QUEREMOS. Marluce é professora de serviço social e Silvano de direito, ambos em Cuiabá.
Pela chapa 2 - UFMT ADIANTE, o atual reitor, Evandro Soares da Silva (candidato a reitor) e Marcia Hueb (candidata a vice-reitora). Evandro é professor de engenharia elétrica e Márcia de medicina, também na capital do estado. Todos os candidatos são doutores, como determina a legislação.
Votam na eleição estudantes, técnicos e professores, cada classe tendo o peso de 33,33% dos votos. As urnas estão espalhadas por todos os campi da universidade, Barra do Garças, Cuiabá, Pontal do Araguaia, Sinop e Várzea Grande, além de servidores aposentados do antigo campus de Rondonopolis.
O próximo reitor tem a missão de guiar a maior universidade do estado e terceira maior do Centro-Oeste, ficando atrás apenas da Universidade Federal de Goiás - UFG e da Universidade de Brasília - UnB. Com um recurso mantenedor de mais de 900 milhões de reais, a UFMT é um dos órgãos com maior orçamento público do estado de Mato Grosso.
O processo de escolha
Esse processo é chamado informal, pois a nomeação de reitor é feita pelo presidente da República. Existe um consenso (regra não escrita) de que o presidente sempre nomeie o nome apontado no processo de consulta informal, entretanto nem sempre isso acontece.
Durante o governo Bolsonaro, ele nomeou a professora Angelita Pereira de Lima para reitora da UFG, entretanto Angelita era a terceira colocada da lista. Bolsonaro fez isso em diversas universidades, pois não existe uma legislação que regulamente este processo de escolha.
A União Nacional dos Estudantes - UNE vem articulando junto ao congresso nacional um projeto de lei que faça a regulamentação das eleições, garantindo o processo democrático.
*com supervisão de Andrezza Dias