G1 MT
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) teve um corte de R$ 13 milhões no orçamento para este ano. Os dados foram fornecidos pela instituição. Com o corte, a UFMT corre o risco de não conseguir cumprir os compromissos financeiros e oferecer suporte estudantil, como bolsas de pesquisa. Nos últimos oito anos, o orçamento da universidade já reduziu 90%.
Segundo a UFMT, o valor total de verba mascara o impacto do corte do orçamento, pois os cortes e contingenciamentos são feitos em áreas específicas. O orçamento é composto por três partes: pessoal (folha de pagamento); custeio (despesas operacionais); e capital (investimento em novas obras).
Essa medida faz parte do pacote de cortes e bloqueio de verbas para as 69 universidades federais, anunciado pelo Governo Federal na aprovação da Lei Orçamentária Anual, para 2021. Segundo o Ministério da Educação (MEC), para encaminhamento da Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2021, houve redução dos recursos discricionários da pasta para 2021, em relação à LOA 2020, e consequente redução orçamentária dos recursos discricionários da Rede Federal de Ensino Superior, de forma linear, na ordem de 16,5%.
Durante a tramitação da PLOA 2021, em atenção à necessidade de observância ao teto dos gastos, houve novo ajuste pelo Congresso Nacional, bem como posteriores vetos nas dotações. Para as universidades e institutos federais, o bloqueio foi de 13,8% e reflete exatamente o mesmo percentual aplicado sobre o total de despesas discricionárias.
No entanto, o corte de verbas não aconteceu só neste ano. Nos últimos oito anos, o orçamento anual da UFMT no Campus de Cuiabá diminuiu 90%.
Em 2013, o orçamento de capital era de R$ 42 milhões. Atualmente, esse valor é de R$ 4,2 milhões.
As aulas presenciais ainda não têm previsão de volta na instituição. De acordo com a universidade, por enquanto, as aulas remotas serão mantidas. Conforme vacinação for avançando e o comitê entender que é possível voltar parcialmente, a UFMT retomará as atividades.