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ESPORTE Terça-feira, 13 de Agosto de 2019, 15:41 - A | A

13 de Agosto de 2019, 15h:41 - A | A

ESPORTE / Pesca

Prefeitura lança segunda edição de Festival de Pesca Esportiva, em Barra do Garças

Evento é viabilizado por doações de empresários e não usa recurso público municipal

Kayc Alves
Da redação



A Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura está recebendo inscrições para o Festival de Pesca Esportiva 2019, em Barra do Garças. Marcado para os dias 31 de agosto e 1º de setembro no Porto do Baé, o evento deve reunir participantes de toda a região, que vão pescar no rio Araguaia. Na modalidade, o peixe é devolvido à água ainda vivo.    

O evento promete quase R$ 30 mil em prêmios para os quatro primeiros colocados. Quem quiser participar deve se dirigir até a Secretaria de Pesca e Aquicultura para fazer a inscrição, que cobra uma taxa de R$ 150,00. Até o dia 20, o inscrito ganha o kit oficial do evento, com camiseta e boné personalizado.    

O festival é viabilizado através de doações de empresários locais, sem o uso de recursos públicos. O evento começa no dia 31, a partir das 19h, com uma série de atividades culturais, como peças teatrais, apresentação do grupo de quadrilha Brilho Junino, shows musicais e o concurso Garoto e Garota Pesca 2019.    

A competição de pesca esportiva é no dia seguinte (1º/9), a partir da 8h. De acordo com o secretário de Pesca e Aquicultura, Paulo Henrique Borges, esta edição segue os moldes da primeira.    

“Regulamento permanece o mesmo. Existem algumas proibições para os pescadores, como o uso de anzóis com farpa. E tem que pescar e soltar. Se o peixe morrer, imediatamente, o pescador é eliminado”, explica. Nesta terça-feira, ele participou da coletiva de imprensa, junto ao prefeito Roberto Farias e outras autoridades.    

A presidente da Colônia Z-9 de Pescadores de Barra do Garças, Geandra dos Santos Barbosa, lembra que a competição exige cuidados específicos com o pescado. “Como é uma pesca esportiva, você tem que saber o manejo, tanto na retirada, quanto na colocação de volta no rio. Tem que ter esse manejo para o peixe não morrer.”    

O grande vencedor do festival sai com um barco e um motor, enquanto o segundo colocado leva apenas um barco. O terceiro e quarto lugar levam respectivamente uma TV de 43 polegadas e um gerador.    

Para o prefeito Roberto Farias, o evento não só movimenta o calendário turístico da região, mas também atua na conscientização sobre as questões ambientais que envolvem o rio.    

“O único legado que podemos deixar é o meio ambiente organizado, sem poluição, porque o produto de maior escassez que terá no próximo século será a água. Então aquele que cuidar das suas nascentes, vai ter a resposta daqui uns anos para as futuras gerações.”    

Além da parceria com empresas da região, o evento também tem o apoio de instituições como o Ibama. De acordo com o gerente da unidade de Barra do Garças, Leandro Nogueira, o festival vai propiciar o conhecimento do rio Araguaia, que pode subsidiar projetos futuros.    

“Qualquer atividade de cunho ambiental que você traga para a comunidade de Barra do Garças, com participantes que venham de fora, o Ibama está sempre apoiando e é uma atividade super bem vista por nós.”    

O festival está todo planejado, faltando apenas as liberações de instituições ambientais, como a Sema. Segundo o secretário de Pesca e Aquicultura, a expectativa é que todas as licenças sejam adquiridas já que tudo foi feito conforme ocorreu no ano passado.    

5 anos sem pesca    

O governo de Mato Grosso encaminhou um projeto à Assembleia Legislativa, que estabelece a proibição da pesca nos rios do estado por 5 anos. O objetivo é recuperar a cadeia produtiva das espécies aquáticas existentes nesses mananciais. A matéria está em trâmite na Casa.    

Para o secretário de Pesca de Barra do Garças, Paulo Henrique, o assunto merece debate. Ele acredita que, embora seja urgente a recuperação dos rios, é preciso pensar em acolhimento às comunidade de pescadores.    

“Tem que ter uma contrapartida, dar o benefício aos ribeirinhos, dar incentivo na questão dos tanques. Tem que ver alternativas, porque tem muita gente que depende dessa pesca”, diz.    

A presidente da Colônia de Pescadores Z-9 também compartilha das mesmas preocupações. Embora entenda a necessidade de revitalizar os rios, ela questiona como vai ficar a situação dos pescadores profissionais, que vivem da atividade, e dos ribeirinhos, que também tiram da pesca o seu sustento.

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