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EXECUTIVO Quarta-feira, 29 de Maio de 2024, 13:45 - A | A

29 de Maio de 2024, 13h:45 - A | A

EXECUTIVO / economia

Carlos Fávaro: “Não temos risco de desabastecimento e falta de produtos”

Ministro pontuou que a importação de arroz serve para prevenir que o preço do grão aumente para o consumidor final

Secom/PR



O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira, 29 de maio, que não há risco de desabastecimento de alimentos no país em decorrência da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul. Durante participação no “Bom Dia, Ministro”, ele pontuou que a importação de arroz serve para prevenir que o preço do grão aumente para o consumidor final. “Com tudo o que estamos fazendo para o Rio Grande do Sul, em hipótese alguma o governo quer afrontar os produtores. Nós precisamos olhar o problema de uma forma holística”, explicou.

“Não temos risco de nenhum tipo de desabastecimento, nem mesmo do arroz. O estoque é suficiente. O problema é a conjuntura momentânea. O Brasil é um grande player, produtor de soja, milho, arroz, feijão, trigo, carnes, algodão — o primeiro do mundo. E nós estamos com uma safra, apesar das dificuldades, muito boa, que foi colhida. O Brasil continua, a passos largos, sendo esse grande player da alimentação do Brasil e do mundo. Não temos hipótese alguma de risco de desabastecimento e falta de produtos”, destacou Fávaro na conversa com radialistas.

O ministro enfatizou que a medida serve para assegurar estabilidade no valor do produto nos mercados de todo o país. “Estamos combatendo a especulação do arroz. Teremos agora uma medida provisória que autoriza a compra de arroz importado e estaremos atentos para importar, se preciso, até 1 milhão de toneladas. Sabemos que o Rio Grande do Sul tem estoque suficiente para abastecer o Brasil, independentemente da tragédia que aconteceu, mas concordamos com os próprios líderes do setor lá que o problema é infraestrutura logística, até dificuldade para emitir nota fiscal. Não podemos deixar o mercado na vulnerabilidade”, acrescentou o ministro.

Diante das enchentes no estado, o Governo Federal estabeleceu regras de subvenção em operações de investimento rural e agroindustrial aos produtores gaúchos, regulamentação que estabelece as condições de desconto em programas de financiamentos de crédito rural a serem contratados e de ressarcimento dos custos, como Pronaf e Pronamp, para produtores rurais que tiveram perdas materiais. 

“A primeira medida do presidente Lula foi a suspensão imediata de todos os débitos dos produtores, custeio e investimentos, até 16 de agosto. É um período que teremos para estudar propostas, reconstituir e repactuar os débitos. E a outra fase é a reconstrução de fato: linhas de crédito e investimentos para que possam recompor tudo que foi perdido com essas chuvas”, destacou Fávaro.

O titular de Agricultura e Pecuária também antecipou que o próximo Plano Safra, que vai ser lançado em junho, vai contar com mais recursos para o seguro rural e maior montante para apoio à comercialização. Ele também destacou pontos importantes do Plano Safra 2023/2024, o maior da história. “Uma das grandes inovações que tivemos foi a linha de crédito dolarizada para que aqueles produtores que se destinam à produção e à exportação tenham um hedge natural e, com isso, não corram o risco da variação cambial. Essa linha foi criada no ano passado e já emprestou mais de R$ 8 bilhões, financiando máquinas e equipamentos”, sublinhou.

Ao longo de uma hora de entrevista, o ministro comentou ainda sobre a abertura de novos mercados para exportação de produtos brasileiros e ações de prevenção e uso de tecnologia para proteger o solo de plantações, além da importância de um debate sobre a descentralização da produção para diferentes regiões do Brasil.

O programa contou com a participação ao vivo de jornalistas das rádios Nacional de Brasília (Distrito Federal), Gaúcha Serra (Caxias do Sul - RS), Rádio Paiquerê (Londrina - PR), Agro FM (Lucas do Rio Verde - MT), Rádio Itatiaia (Belo Horizonte - MG), Rádio Sociedade (Feira de Santana - BA) e Rádio Meio Norte (Palmas - TO). 

Confira como foi a entrevista

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