Poder 360
Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de janeiro de 2025 mostra que a aprovação ao 3º governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em queda entre católicos e evangélicos. As taxas registradas nesta rodada da pesquisa são as piores desde a posse do petista, em janeiro de 2023.
Entre os eleitores que declaram se identificar como católicos, 48% afirmam aprovar a atual gestão. A taxa caiu 14 pontos percentuais em 2 anos. Na outra ponta, o percentual dos católicos que dizem desaprovar o governo Lula é de 43%. No início do mandato, era de 31%.
Em janeiro de 2023, a diferença entre os católicos que aprovavam e os que desaprovavam o Lula 3 era de 31 pontos percentuais, uma situação muito confortável para o petista. Hoje, essa diferença caiu para 5 pontos percentuais. A vantagem ainda existe, mas a trajetória das curvas é desfavorável para o presidente.
O cenário no eleitorado que se declara evangélico sempre foi mais negativo para o atual presidente. Mas as curvas da trajetória desde a posse mostram uma variação também desfavorável a Lula.
Nesse estrato específico, 68% dos entrevistados dizem “desaprovar” o governo. Eram 56% em janeiro de 2023 –uma alta de 12 pontos percentuais.
A taxa de aprovação nesse grupo oscilou dentro da margem de erro, de 4 pontos percentuais, mas também de maneira desfavorável ao governo. Somava 31% no início do mandato petista e, agora, está em 26%. Recuou 5 pontos percentuais.
Há 24 meses, a diferença entre os que desaprovavam e aprovavam era de 25 pontos percentuais. Hoje, a desvantagem é de 42 pontos percentuais. De novo, a trajetória das curvas mostra um resultado ruim para o governo Lula.
Esse desempenho ruim entre evangélicos se deu apesar de Lula ter se esforçado para incluir termos religiosos em seus discursos públicos. Em 2023 e 2024, ele usou 462 vezes (pelo menos) expressões como “fé”, “Jesus”, “Cristo”, “Deus” e “cristão”.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.