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GERAL & ECONOMIA Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 15:30 - A | A

14 de Maio de 2024, 15h:30 - A | A

GERAL & ECONOMIA / residencial carvalho

Operários denunciam irregularidades trabalhistas em canteiro de obras em Barra do Garças

Reclamações foram feitas contra a Servmix, empresa responsável pelas obras nos três conjuntos habitacionais do programa "Minha Casa, Minha Vida"

Da Redação
Semana7



Cedida

irregularidades residencial carvalho

 

Supostas irregularidades envolvendo a segurança de funcionários, assédio moral e até mesmo atrasos de pagamento de salários têm sido alvo de reclamações de trabalhadores que atuam nas obras do Residencial Carvalho, em Barra do Garças (a 516 km de Cuiabá). As denúncias foram feitas no último mês ao portal Semana7 contra a ServMix, empresa responsável pelos serviços nos três conjuntos habitacionais do programa 'Minha Casa, Minha Vida'.

Conforme as denúncias recebidas, os funcionários precisam se deslocar cerca de 500 metros para usar o único banheiro comunitário, que frequentemente apresenta falta de água nas pias e lavabos, bem como de sabonete, papel higiênico e lixeiras. Também não há banheiros químicos no local.

Alojamento com condições precárias de higiene, fardas rasgadas, equipamentos de proteção individual (EPI’s) de baixa qualidade e insuficientes, refeitório com a presença de animais de rua e sem ventilação adequada, fiação de energia exposta e betoneiras com gambiarras também são algumas das irregularidades apontadas, conforme é possível observar em algumas das imagens enviadas a este portal.

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irregularidades residencial carvalho

 

“Uniforme nosso aqui são duas calças e duas camisas, só que depois de seis meses a gente tem que trocar. Às vezes eles trocam, mas pedem para a gente ficar um ano e só depois trocar. Aí a gente começa a parar o serviço porque tem cara que entrou aqui e nunca pegou um par de botas. Depois de 12 meses que vêm dar umas botas. Se ele [trabalhador] quiser trabalhar, tem que comprar um sapato velho ou usado para colocar no pé. Aqui tem muito desse tipo de coisa acontecendo na obra”, expõe um dos trabalhadores à reportagem. 

Há ainda relatos de situações de assédio moral por parte da equipe de Recursos Humanos e de encarregados, a qual também estaria dificultando a resolução de problemas devido aos horários incompatíveis com a jornada de trabalho dos operários.

“Eles pegam a gente lá [cidade de origem], pagam a passagem e tudo direito. Dizem que tem almoço, jantar, café e merenda, mas quando se chega aqui, trabalha 15 dias e quando tem seu primeiro pagamento o jantar já é cortado. Almoço e jantar é tudo por conta da gente. Aí o salário, em vez de você voltar para comprar alguma coisa lá onde a gente mora, a gente está gastando aqui”, conta um dos trabalhadores que mora no alojamento.

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Procurada por meio de telefone e WhatsApp, na última terça-feira (7), a assessoria da ServMix chegou a informar que enviaria nota a respeito das supostas irregularidades, no entanto, a reportagem não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

MPT  

A Reportagem também entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o qual informou que, por previsão legal, não presta consultoria jurídica ou esclarece dúvidas trabalhistas. A instituição é um ramo do Ministério Público da União (MPU) que tem como atribuição fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, procurando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores.

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