Camilla Zeni
Secom-MT
A recuperação e preservação dos peixes por meio do combate à pesca predatória, a sustentabilidade e a projeção de desenvolvimento econômico tornam o projeto Transporte Zero, do Governo de Mato Grosso, um marco para a pesca esportiva nacional. A afirmação é do empresário Carlos Magno Araújo, o Carlinhos da Asa Branca, referência em turismo de pesca no Vale do Araguaia.
"Estamos em um momento histórico. Mato Grosso é referência enorme para a pesca e esse projeto é de importância nacional. Vemos que o Transporte Zero foi pensado para que, além da preservação e geração de renda através do turismo de pesca, contemple as pessoas que hoje dependem da pesca profissional e artesanal, ou seja, elas serão amparadas e preparadas para uma nova realidade", destaca.
O empresário ressalta a posição geográfica de Mato Grosso, que possui em seu território as bacias hidrográficas Amazônica, Paraguai e Tocantins-Araguaia, e afirma que a proposta, que se une ao Cota Zero, implementado em Goiás há 10 anos, garantirá a preservação de mais espécies.
Quando Goiás adotou essa medida, também falava-se muito e enfrentamos muitas batalhas. Mas, hoje, estamos colhendo frutos dessa iniciativa. Nosso turismo mais do que triplicou - e de maneira sustentável -, e nosso rio tem bastante peixe, tem onde o turista pescar e sair satisfeito. Vai ser assim em Mato Grosso também. Com os anos, a população já vai estar adaptada, colhendo frutos e ganhando seu dinheiro, sem essa demanda de matar peixe”, afirma.
Transporte Zero
O projeto Transporte Zero, do Governo de Mato Grosso, foi aprovado na Assembleia Legislativa em primeira votação no dia 2 de junho. O texto é baseado em um relatório contratado pela Assembleia, em 2021, e considera a redução do estoque pesqueiro do Estado, que coloca em risco várias espécies nativas de Mato Grosso e estados vizinhos.
Além de preservar o estoque pesqueiro, a proposta favorece o desenvolvimento econômico de 45 municípios que apresentam potencial para o turismo de pesca.
A proposta de Mato Grosso prevê pagamento de auxílio financeiro para pescadores profissionais e artesanais, pelo período de três anos. Os pescadores também serão recadastrados, por meio de Registro Estadual, e receberão qualificação em programas da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania para o turismo ecológico e pesqueiro e de produção sustentável da aquicultura.
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Messias Alves de Souza filho 13/06/2023
É fácil para um empresário do ramo do turismo ter um posicionamento desse pois essa mudança irá favorecer, essa classe e psicultores os pescadores e comerciantes que vivem do segmento da pesca amadora estão perdidos, como diz o ditado popular manda quem pode, obedece quem tem juízo,Bom dia.
1 comentários