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GERAL & ECONOMIA Terça-feira, 19 de Janeiro de 2021, 13:57 - A | A

19 de Janeiro de 2021, 13h:57 - A | A

GERAL & ECONOMIA / RECADO DADO

Mauro não vê necessidade de obrigar vacinação, mas avisa: 'não vou estocar, a fila anda'

Governador afirma que número de doses disponibilizadas ainda é insuficiente para falar em obrigatoriedade

Folha Max



Após vacinar as primeiras pessoas contra a Covid-19 na noite desta segunda-feira (19), o governador Mauro Mendes descartou, nesta terça-feira, decretar a obrigatoriedade das pessoas se vacinarem. A declaração ocorreu durante assinatura de um convênio em Cuiabá nesta terça-feira (19) para a reforma de escolas no Estado. 

Segundo o governador, ainda não há a necessidade de exigir que as pessoas sejam imunizadas pela Coronavac, ao menos neste momento. O motivo, segundo ele, é simples: ainda não há número suficiente de vacinas para tanto. 

“Por enquanto, como nós temos aí uma escassez muito grande, acho que seria um pouco inócuo falar em obrigatoriedade. Por enquanto a vacina é livre, não tem nenhuma recomendação a nível nacional, muito menos estadual, que seja obrigatório. As pessoas dentro daquele grupo prioritário elas vão ter a disponibilização, a disponibilidade, de tomar a vacina”, disse o governador que, na sequência, mandou um recado aos “indecisos”, que ainda não “decidiram” se irão ou não ser imunizados.

“Se elas não comparecerem dentro de um prazo, eu não vou ficar estocando vacina não. A fila anda e nós vamos passar para os próximos grupos [de vacinação]”, avisou.

Na noite da última segunda-feira (18), Mato Grosso recebeu 126 mil doses da Coronavac, fornecida pelo Instituto Butantan, em São Paulo (SP), numa parceria como a Sinovac – farmacêutica chinesa que desenvolveu o antídoto contra o Covid-19. Como cada pessoa deve tomar duas doses, pouco mais de 60 mil pessoas no Estado devem ser imunizadas. A prioridade neste momento são os profissionais de saúde e indígenas que vivem em aldeias.

Sobre a obrigatoriedade da vacinação, existem dois projetos de Lei na Assembleia Legislativa em tramitação. Um, do deputado Eduardo Botelho (DEM), prevê que os mato-grossenses que se recusarem a se vacinar tenham restrições, como não serem nomeados no serviço público, por exemplo.

O outro, do deputado estadual Sílvio Fávero (PSL), desobriga o cidadão de tomar a vacina. Fávero é aliado do presidente Jair Bolsonaro e defende que a decisão para tomar a vacina seja exclusiva do cidadão e não prevê sanções caso decida não se imunizar.

EMBAIXADA

Mauro Mendes também revelou que vem mantendo contato com duas farmacêuticas chinesas para compra direta da vacina contra o Covid-19 – a Sinopharm e a própria Sinovac. O governador pediu 1 milhão de doses às organizações. O negócio ainda não foi fechado, mas conta com a embaixada da China para viabilizar a compra.

“Estamos agora com dois outros laboratórios, tentando contato, via embaixada, que é a Sinopharm e a Sinovac, que são laboratórios chineses”, revelou Mendes.

O governador comentou, ainda, a tentativa de negociação com Pfizer – farmacêutica dos Estados Unidos que também desenvolve uma vacina contra o Covid-19. A compra, no entanto, não foi concretizada uma vez que a organização, em nível mundial, negocia apenas com os Governos Federais.



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