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JUSTIÇA Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 11:59 - A | A

11 de Novembro de 2024, 11h:59 - A | A

JUSTIÇA / NOTA DE REPÚDIO

Advogados criminalistas de Barra do Garças repudiam falas de promotora em júri

As falas proferidas violam nossas prerrogativas e desrespeitam o trabalho da defesa técnica, essencial à Justiça.

Da Redação



O episódio que gerou nota de repúdio por advogados criminalistas, aconteceu durante uma sessão do Tribunal do Júri em Barra do Garças,  ocorrida no dia 10 de novembro, quando a Promotora de Justiça Clarissa Cubis de Lima Canan proferiu palavras como "código da bandidagem", ao se referir à defesa de um réu, aos advogados Adriano Ribeiro Júnior e Letícia David Moura. Após a recupercussão dos vídeo na internet, a OAB de Goiás e de Mato Grosso se posicionaram contrários a atitude do membro do Ministério Público.

Segue a nota abaixo:

"Nós, advogados criminalistas de Barra do Garças, manifestamos veementemente repúdio às declarações da promotora de Justiça de Mato Grosso, Clarissa Cubis de Lima Canan, que, durante audiência, associou os advogados (Jefferson Adriano Ribeiro Júnior e Letícia David Moura), defensores de um acusado ao “código da bandidagem” e igualou nossa profissão ao comportamento errado. As falas proferidas violam nossas prerrogativas e desrespeitam o trabalho da defesa técnica, essencial à Justiça.

Nos solidarizamos com os colegas de Goiás-, Dr Júnior César, Reinaldo Leite, Adelmo Oliver, Rogério Nóbrega, Sidnei Rodrigues, Leonardo da Mata, Jussara Fonseca, Sandro Saggin, Ramon Honda Silva, Hilldegard Aguiar, Juliane Valéria P. Furtado, Paulo Henrique Marques, Jessica Nunes da Silva, Helder Machado, Gilmar Moura, Pablo Freitas, Ricardo Tibério, Lucas Nascimento Gonçalves,Yuri de Sousa Moura,Rogeria Costa Moura, Camila Mendes, Nohana Moraes, criminalistas e outros(as) colegas que atuam em outras áreas do Direito, reafirmando nosso compromisso com a ética e a defesa de direitos.

A OAB Goiás já ingressou com pedido de afastamento da promotora de seu cargo, e a OAB MT também se solidarizou e está tomando as providências cabíveis junto ao CNMP.

Atitudes como estas são inaceitáveis ​​por parte dos servidores públicos, que, às vezes, se esquecem de que os advogados são indispensáveis ​​à aplicação da justiça, conforme o Art. 133 da CF, e que não existe hierarquia entre advogados, juízes e promotores no exercício da profissão.

A Associação de Promotores de Mato Grosso, em nota, tenta vitimizar a conduta da funcionária e prever o desequilíbrio da promotora à provocação feita pelos advogados, além de ameaçar processar os advogados por exporem a gravação, que, segundo a associação, seria ilegal".

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