Pamela Santana*
Semana7
Candidatas que disputam as eleições deste ano em Barra do Garças têm demonstrado preocupação com a falta de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal no município. Atualmente, o Hospital e Pronto-Socorro Municipal Milton Pessoa Morbeck possui leitos UTI destinados para adultos.
Somente neste ano, dois recém-nascidos precisaram ser transferidos a cidades vizinhas para receber atendimento adequado.
A UTI Neonatal é uma unidade hospitalar destinada ao atendimento de bebês recém-nascidos com patologias e que necessitam de cuidados específicos, segundo o Governo Federal.
O assunto foi abordado por candidatas aos cargos de vereadora e prefeita, em participação no podcast Semana7, ressaltando a importância da implantação deste tipo de assistência hospitalar para bebês na cidade.
De acordo com a candidata a vereadora de Barra do Garças Maria Silvânia, a estrutura pública do município não atende apenas cidadãos barra-garcenses, mas também da região. Com a mesma opinião, a candidata à prefeitura Fátima Resende aponta a cidade como polo e comenta que o “Mato Grosso goiano” precisa de atendimentos públicos especializados para crianças com quadros clínicos delicados.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta Barra do Garças como uma das maiores regiões geográficas do Mato Grosso. Nos dias atuais, oferece suporte a municípios como Pontal do Araguaia, Nova Xavantina e Torixoréu.
O interesse na construção de um Hospital Materno Infantil é demonstrado pela candidata à prefeita Fátima Resende. “Isso está nos programas do governo federal. É possível fazer, não é utopia ou palavra jogada, é planejamento”, afirma. No mesmo sentido, a candidata a vereadora Renata Bilego diz que com empenho político, o projeto é possível. “Nós não precisamos começar com algo grandioso, porque a UTI envolve custos para ser implantada, precisamos colocar profissionais capacitados”, pontuou.
A candidata a vereadora de Barra do Garças Poliana Carvalho demonstrou preocupação com as mulheres do município e defende a criação de uma maternidade. “Há 20 anos aqui, em Barra do Garças, eu perdi uma filha que nasceu prematura, por falta de ter aqui uma UTI Neonatal, Hoje, se a mãe for ganhar um bebê prematuro, ela tem que ir para Goiânia ou Cuiabá. É um transtorno para a família ter que ficar sem hospedagem, porque a mãe tem que ficar próxima ao filho”, disse.
Atualmente, a ausência de uma UTI Neonatal em Barra do Garças transfere para o Estado e município a responsabilidade de garantir que o recém-nascido receba cuidados adequados, seja com atendimento ou transferência. Em abril e maio deste ano, a Defensoria Pública determinou que o Estado transferisse e custeasse os gastos necessários de recém-nascidos barra-garcenses para unidades hospitalares de Primavera do Leste e Cáceres.
*Com supervisão de Andrezza Dias
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