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POLÍTICA Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2019, 08:10 - A | A

27 de Dezembro de 2019, 08h:10 - A | A

POLÍTICA / Vaga de Selma

Deputado se lança ao Senado para contrapor candidaturas ''dos barões'' em MT

Elizeu Nascimento afirma que seu nome tem sido bem avaliado e admite construir candidatura

Diego Frederici
Folha Max



A cassação da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) – confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 10 de dezembro por abuso de Poder Econômico e prática de Caixa 2 -, não só abriu mais uma “vaga” no Senado à população mato-grossenses como também vem revelando a busca de certos políticos por uma posição de destaque na política brasileira.

Elizeu Nascimento, deputado estadual pelo Democracia Cristã (DC), ainda não concluiu seu primeiro ano, de seu primeiro mandato, como parlamentar da Assembleia Legislativa (AL-MT) – cargo que ocupa desde fevereiro de 2019. Mesmo sendo um “novato” no parlamento mato-grossense, Nascimento sonha alto, e pretende ocupar a vaga deixada por Selma Arruda.

Em entrevista desta quinta-feira (26) ao Jornal do Meio Dia, o deputado contou, inclusive, que vem sendo “cortejado” por “vários seguimentos e grupos”. “Nós estamos sendo cortejados por vários partidos, por vários seguimentos e grupos. O nome desponta em algumas enquetes e eu estou preparado para o que a população decidir”, garante Elizeu Nascimento.

O deputado estadual aproveitou a entrevista para criticar os atuais representantes de Mato Grosso no Senado. De acordo com ele, esses políticos defendem os interesses do agronegócio, e se esquecem dos mais “humildes”.

“Acredito que o agro é viável para o Estado de Mato Grosso. Mas nós temos outras carências. A população humilde, carente, também tem que ser olhada. E isso muitas vezes é deixado [do lado]”, analisa o parlamentar estadual.

Antes de chegar à AL-MT, Elizeu Nascimento foi vereador em Cuiabá sendo eleito em 2016 com 4.012 votos. Antes de concluir seu mandato, ele se candidatou em 2018 à AL-MT, saindo vitorioso da disputa eleitoral com 21.347 votos.

Como bandeira política, o deputado estadual acredita que há uma “vacância” de representatividade entre os mais humildes, declarando em sua entrevista que os atuais parlamentares de Mato Grosso que estão no Senado estão mais preocupados em atender os interesses de “meia dúzia de barões”. “Existe uma vacância muito grande de alguém que realmente represente a população mais carente e mais humilde e não apenas meia dúzia de barões”.

Novas eleições ao Senado devem ocorrer no 1º semestre de 2020. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), porém, ainda não agendou uma data para a realização da disputa. 

OUTRO NOMES

Desde a cassação de Selma Arruda, alguns políticos já estão articulando para disputarem a eleição suplementar. O ex-voce-governador Carlos Fávaro (PSD), terceiro lugar na disputa ao Senado em 2018, já deu entrevistas sinalizando que deve entrar na disputa. O atual vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), também tem se articulado para concorrer ao cargo.

Um grupo de deputados pretende lançar um nome de dentro da Assembleia Legislativa. Os deputados Eduardo Botelho (DEM), Max Russi (PSB) e Dilmar dal Bosco (DEM), respectivamente, presidente, primeiro-secretário e líder do Governo, já foram ventilados.

O DEM, partido do governador Mauro Mendes (DEM), garante que terá candidato. Além de Botelho e Dilmar, outra opção do partido é o ex-governador Júlio José de Campos. 

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