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O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, será um empecilho para a estadualização do Parque Nacional Chapada dos Guimarães.
Na semana passada o governador Mauro Mendes (União) esteve em Brasília para pedir à ministra apoio para proposta de transferir a responsabilidade do parque para o Estado.
No entanto, segundo Júlio, a ministra não recebeu bem a ideia do governador, situação que estaria dificultando o andamento do projeto, que já vem sendo discutido há dois anos.
“Não está muito fácil, vai depender da boa vontade da ministra Marina Silva, que não recebeu com muito agrado essa possibilidade do Governo do Estado assumir”, afirmou.
A empresa Parquetur venceu a licitação para a concessão de serviços turísticos do parque à iniciativa privada, em vez da MTPar. Ela será responsável pelas atividades de apoio à visitação, manutenção e modernização de serviços turísticos.
Porém, desde o início o Governo do Estado demonstra insatisfação com a proposta da empresa, que admitiu o plano de fazer um investimento de apenas R$ 18 milhões em 30 anos de contrato.
Para o deputado, a proposta da Parquetur é “indecente” se comparado com o que o Governo quer investir. O Estado afirmou que tem recursos para aplicar cerca de R$ 200 milhões na unidade de conservação.
“Uma empresa ganhou com uma proposta, até certo ponto, indecente de que ao receber a concessão do parque ele vai demorar, em 30 anos, investindo R$ 18 milhões, é uma vergonha”, disse.
“O Governo do Estado está robustamente com o caixa cheio, tem condição de um investimento em quatro anos de R$ 200 milhões para fazer o parque de Chapada dos Guimarães o maior parque ecológico e turístico de Mato Grosso”, acrescentou.
Apesar do impasse com a ministra Marina, Júlio acredita que o presidente Lula (PT) está mais flexível para negociações, o que poderia abrir espaço para estadualização do parque de Chapada.
“O presidente Lula é muito mais afável politicamente. Negociará, com certeza, com a pressão da bancada federal, com o pedido do Governo do Estado e o apoio da Assembleia, e poderá entender que a proposta feita para a empresa privada no Governo passado é indecente para os assuntos de Mato Grosso”, concluiu.
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