Allan Mesquita
Folha Max
O governador Mauro Mendes (DEM) declarou na última quarta-feira (8), que vai apoiar seus aliados, mas deixou claro que não vai sair pelas ruas “distribuindo santinhos” nas eleições municipais e na suplementar ao Senado, marcada para o dia 15 de novembro. O chefe do Executivo afirmou que possui compromissos no comando do Palácio Paiaguás e por conta disso só fará campanha a noite e aos finais de semana.
“Eu desejo ficar o mais distante possível das eleições, mas isso acaba sendo impossível. Tenho pessoas que me ajudaram e por isso tenho o dever de ter reciprocidade e lealdade. Vai ser uma participação discreta, o meu maior papel é atuar como governador, mas não vou poder ficar dedicando meu tempo a isso. Vou votar como cidadão e a noite, nos finais de semana, eu tenho direito de fazer o que bem entendo. Aí sim, poderei participar de alguns processos eleitorais”, disparou.
A fala ocorreu quando o governador comentava sobre o apoio “tímido” à campanha do senador interino Carlos Fávaro (PSD), que foi um dos seus principais aliados na disputa ao Governo do Estado, em 2018.
Mauro participou, na segunda-feira (5), do lançamento da campanha do candidato à prefeitura de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB). No entanto, na terça-feira (6) não compareceu ao evento de Fávaro para gravar propaganda eleitoral para o apresentador Roberto França (Patriota), que concorre a Prefeitura de Cuiabá.
Mendes enviou um vídeo, que foi passado no telão, e mandou como representantes a primeira-dama Virgínia Mendes e o secretário de Estado da Casa Civil, Mauro Carvalho. “Eu tinha outros compromissos, mas eu estava muito bem representado pela minha esposa e grande mulher da minha vida”, complementou.
Apesar da participação fria no processo eleitoral, o democrata rasgou elogios à atuação de Fávaro, que tenta permanecer na cadeira da juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), cassada por cometer crimes eleitorais
“Eu acho que o Fávaro tem um bom perfil para ser senador e tenho dito isso porque é a mais pura verdade. Mato Grosso recebeu R$1,3 bilhão de ajuda da União através de uma articulação no Senado. Nós fizemos um trabalho e eu passei a ele [Fávaro] a missão de correr atrás. Saímos de R$ 900 milhões para R$ 1 bilhão e 300 milhões. Isso ajudou muito e por isso eu acho que ele tem um bom perfil para ser senador”, concluiu.
