Da Redação
Dois episódios suscitaram os ânimos políticos de Confresa, (a 1.049, 5 Km a nordeste de Cuiabá), quando o prefeito Rônio Condão Barros Milhomem (PP), por ofício em 18 de abril, rescindiu o contrato da funcionária Maria Conceição Carlos do Nascimento, (PP), então diretora da APAE cedida ao município, uma vez que ela é professora efetiva do município de Santo Afonso.
Como se não bastasse, 11 dias depois Condão demitiu o motorista conhecido como Plínio da Ambulância, sem argumentos que indicassem o motivo de sua exoneração pelo o Hospital Municipal de Confresa (HMC). Plínio alega perseguição pelo fato de não ter comparecido a uma reunião onde assinaria adesão a um partido político.
A demissão dos dois funcionários trouxe desgaste à gestão municipal de Confresa. No caso de Maria Clara causou revolta de funcionários da APAE, de pais e de alunos. Anderson, da defensoria da instituição disse emocionado que o prefeito não pensou nos alunos que foram prejudicados.
Em entrevista a ex-diretora disse que sempre fez um trabalho com transparência responsabilidade e união com as famílias apaeana e comunidade em geral diante a instituição". "Que de repente por não acatar a pressão política na qual queria sua filiação partidária foi desligada de imediato".
A professora frisou ainda que como mãe de criança especial, “sei bem como é difícil essa luta e eu tenho lutado por essa instituição junto aos pais e a comunidade no sentido de uma inclusão justa para os nossos alunos”.
Maria Carla finalizou pedindo a gestão atual mais respeito com os funcionários públicos "porque o amor e empatia não faz parte dessa gestão, precisa de mais amor, menos indiferença, mais verdade e menos política".
O vereador Cici do Paco (PSD), disse que a funcionária cedida ao município foi demitida sem aviso, “uma falta de respeito e um choque para os alunos que a viam como mãe Maria Carla. Paco expressou seu repúdio e disse que a Câmara de Confresa vai fazer um requerimento e a população será esclarecida do fato.
Plínio, há 5 anos como motorista de ambulância foi comunicado de sua demissão sem aviso prévio, na manhã em que ia começar mais uma jornada de trabalho. Dedicado funcionário a sua demissão também ecoou pelos quadrantes da cidade como sendo ‘perseguição política’.
Um marco na carreira de Plínio foi por ocasião da crise sanitária da Covide-19 onde ele atuou na linha de frente do início ao fim e deixa seu legado tanto para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), quanto para a sociedade local.
A Prefeitura Municipal informou que as dispensas foram em carater de ajuste financeiro, e ambos servidores eram cargos comissionados. Informou ainda que haverá novas demissões e que isso se dá em razão questões econômicas e que o município se prepara para realizar concurso público.
O Ministério Público Eleitoral deve ser acinonado para apurar se houve excesso nos casos das demissões.