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POLÍTICA Sexta-feira, 11 de Junho de 2021, 12:47 - A | A

11 de Junho de 2021, 12h:47 - A | A

POLÍTICA / Polêmica

'Vou continuar usando máscara', diz secretário de Saúde após declaração de Bolsonaro

Max Aguiar
Olhar Direto



O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, disse que não seguirá a "recomendação" dada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que na tarde de quinta-feira (10) sugeriu que pessoas vacinadas ou que já se curaram da Covid-19 não precisem mais usar máscara. Bolsonaro pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um "parecer" para desobrigar o uso da proteção para estes dois grupos de pessoas. A ideia vai na contramão das recomendações das autoridades em epidemiologia.

A fala de Bolsonaro chegou a ser aplaudida por alguns seguidores do presidente durante o discurso, mesmo o país passando por um momento crítico da pandemia, com mais de duas mil mortes diárias e com sinais da chegada de uma terceira onda de contágio.

"Eu vou com todos os cientistas. A ciência mostra que mesmo aqueles que já estejam vacinados podem transmitir o vírus. Eu recomendo àqueles que têm prudência que continuem usando a máscara até que a gente tenha a maior parte da população imunizada e os riscos sejam reduzidos. Não vou jamais discutir uma decisão e opinião do presidente da República. Ele foi eleito, ele sabe de suas responsabilidades. Se essa decisão for aprovada, será arbítrio das pessoas em usar ou não. Eu vou continuar usando", disse o secretário.  

Bolsonaro deu a declaração no Palácio do Planalto, ao discursar durante solenidade de lançamento de programas do Ministério do Turismo. O presidente usou máscara antes e depois do evento — ele só retirou a proteção para discursar.

Nesta sexta-feira (11), no entanto, o presidente mudou o discurso e disse que "não apita em nada". Segundo ele, a decisão sobre alterar a obrigatoriedade do uso de máscaras será de governadores e prefeitos. "Quem já foi infectado e quem tomou vacina não precisa usar máscara. Quem vai decidir é ele [ministro Queiroga], dar um o parecer. Se bem que quem decide na ponta da linha é o governador e prefeito, eu não apito nada. É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Nada como você estar em paz com a sua consciência", afirmou.



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