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SAÚDE Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2020, 15:34 - A | A

17 de Dezembro de 2020, 15h:34 - A | A

SAÚDE / Perto de fechar

Eduardo Botelho e Janaína Riva iniciam tratativas para destinar R$ 3 milhões ao Hospital do Câncer de Cuiabá

A dívida soma mais de R$ 6 milhões; parlamentares buscam junto ao Ministério Público e secretaria de saúde municipal da capital forma legal de repasse do valor

João Pedro Donadel
Da Redação



Os deputados estaduais Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB), presidente e vice-presidente, respectivamente, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, iniciaram as articulações para repasse de R$ 3 milhões para o Hospital do Câncer de Cuiabá, que sofre com dívidas e falta de repasse do poder público municipal. Há relatórios que reportam falta de insumos como morfina, para auxiliar na dor do tratamento dos pacientes e até luvas para os profissionais da saúde.

Em entrevista na AL, Riva demonstrou a preocupação da mesa diretora em tentar realizar o repasse quanto antes para o Hospital, tendo em vista que ele é o principal no combate ao câncer em Mato Grosso e é fundamental, principalmente para a população mais carente "o hospital está prestes a fechar e o repasse será emergencial para as contas" disse.

Inconformada, a deputada diz que há comprovação do repasse do governo federal para o poder municipal, porém não foi repassada para a direção do Hospital. Na tarde dessa quinta-feira (17), representantes do Ministério Público, direção do HCan e secretarias municipais se reúnem com a mesa diretora para viabilizar o repasse da verba.

Segundo o presidente do Hospital do Câncer, Dr. Laudemir Nogueira, não dá para se notar uma preocupação tão grande por parte da prefeitura municipal quanto ao repasse para a unidade "em uma reunião das autoridades de saúde, a secretária de saúde municipal disse que havia gastado o dinheiro do repasse" relatou. 

A dívida

De acordo com Laudemir Nogueira, a prefeitura fazia os repasses do Fundo Nacional de Saúde para o Hospital do Câncer de Cuiabá sempre referente à prestação de contas dos serviços dos três meses anteriores. Desde 2018, este repasse é mensal.

No entanto, em julho e agosto deste ano, a prefeitura não teria feito nenhum repasse. Segundo ele, em setembro e outubro o município fez repasses parciais, mas que não cobriram os custos e gastos do hospital. Já em novembro e dezembro também não houve repasses dos recursos. Juntas, essas dívidas já passam de 6,3 milhões.

Com as contas atrasadas, o hospital está também devendo os fornecedores. Por causa disso, estão faltando medicamentos básicos, como a morfina, que é muito utilizada para dor por paciente com câncer, como forma de diminuir o sofrimento durante o tratamento.

A empresa que fornece oxigênio para o hospital também já mandou uma notificação informando que a partir desta quarta-feira (16) não deverá mais fornecer o uso.

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